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Tese_Enf_Vanda Palmarella Rodrigues.pdf: 2142412 bytes, checksum: 50ef1e09949428080f402ebfb329836c (MD5) === Approved for entry into archive by Delba Rosa (delba@ufba.br) on 2016-10-07T11:40:07Z (GMT) No. of bitstreams: 1
Tese_Enf_Vanda Palmarella Rodrigues.pdf: 2142412 bytes, checksum: 50ef1e09949428080f402ebfb329836c (MD5) === Made available in DSpace on 2016-10-07T11:40:07Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Tese_Enf_Vanda Palmarella Rodrigues.pdf: 2142412 bytes, checksum: 50ef1e09949428080f402ebfb329836c (MD5) === FAPESB === Pesquisa qualitativa fundamentada na Teoria das Representações Sociais que objetivou
analisar a vivência da violência de gênero entre familiares e o sistema de representação que
dá sentido a essa vivência. A pesquisa foi realizada no município de Jequié - Bahia - em 10
Unidades de Saúde da Família, totalizando 11 equipes de saúde da zona urbana.
Participaram da pesquisa 81 familiares de mulheres em situação de violência. A coleta dos
dados foi realizada em duas etapas: aplicação do teste de associação livre de palavras
(TALP) para 81 familiares e entrevista semiestruturada a 19 familiares. Os dados advindos
do TALP foram processados pelo software Tri-Deux-Mots e processados por meio da
Análise Fatorial de Correspondência e os dados que emergiram das entrevistas foram
organizados pela técnica de análise de conteúdo temática. Os resultados evidenciaram que a
representação dos familiares sobre a violência de gênero encontra-se ancorada em questões
culturais que configuram relações desiguais entre o homem e a mulher. A violência de
gênero foi expressa pela violência física e psicológica com adoecimento e morte da mulher e
adoecimento físico e psíquico dos familiares, com implicações para a saúde da(o)s filha(o)s.
Nesse contexto, as representações sociais dos familiares mostraram que prevalece no
imaginário social da mulher em situação de violência, dos familiares e dos profissionais, a
percepção da violência restrita ao âmbito privado. Essa percepção contribui para o silêncio
do vivido da violência e constrói lacunas e fragilidades nas práticas desenvolvidas pelos
serviços da rede de violência. Além disso, alguns familiares consideram a violência como
crime e outros buscam resolver a problemática no âmbito privado. Esperamos que este
estudo contribua para mudança da formação de saúde e educação, das políticas públicas e
da(o)s trabalhadora(e)s da rede de violência para implementação de ações no sentido de
modificação destas representações, de maneira a rever as fragilidades no atendimento às
mulheres.
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