A construção da segregação residencial em Lauro de Freitas (BA): estudo das características e implicações do processo

Submitted by Edileide Reis (leyde-landy@hotmail.com) on 2014-10-29T14:35:58Z No. of bitstreams: 1 Patrícia Chame Dias.pdf: 20169408 bytes, checksum: 97651bb32fbc78a0324662276df8782a (MD5) === Approved for entry into archive by Rodrigo Meirelles (rodrigomei@ufba.br) on 2015-05-30T14:08:27Z (GMT) No....

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Dias, Patrícia Chame
Other Authors: Silva, Sylvio Carlos Bandeira de Mello e
Language:Portuguese
Published: Instituto de Geociências 2015
Subjects:
Online Access:http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/17835
Description
Summary:Submitted by Edileide Reis (leyde-landy@hotmail.com) on 2014-10-29T14:35:58Z No. of bitstreams: 1 Patrícia Chame Dias.pdf: 20169408 bytes, checksum: 97651bb32fbc78a0324662276df8782a (MD5) === Approved for entry into archive by Rodrigo Meirelles (rodrigomei@ufba.br) on 2015-05-30T14:08:27Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Patrícia Chame Dias.pdf: 20169408 bytes, checksum: 97651bb32fbc78a0324662276df8782a (MD5) === Made available in DSpace on 2015-05-30T14:08:27Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Patrícia Chame Dias.pdf: 20169408 bytes, checksum: 97651bb32fbc78a0324662276df8782a (MD5) === Pouco após sua emancipação, em 1962, Lauro de Freitas passou por uma série de transformações em sua organização sócio-espacial e dinâmica socioeconômica. Situado na Região Metropolitana de Salvador (RMS), em processo associado às transformações estruturais da economia e à redefinição funcional dos municípios dessa região, Lauro de Freitas experimentou um intenso crescimento demográfico e sua população de, aproximadamente, 10 mil habitantes em 1970, passou para 113 mil pessoas em 2000. Favoreceram essa dinâmica, a proximidade de Salvador, dos principais pólos industriais do Estado e a ação do mercado imobiliário que fragmentou o solo do município em inúmeros loteamentos populares que, à época da implantação, apresentavam precárias condições estruturais. Esses empreendimentos, que se localizaram, predominantemente, em Itinga, local de topografia acidentada situado na divisa com a capital, pretendiam atender à demanda de casa própria das classes populares. Noutra parte do município, especialmente na orla, no que atualmente é denominado Atlântico Norte, foram lançados loteamentos voltados às classes médias e altas, sob o signo da fuga dos males urbanos e da melhor qualidade de vida. Desde então, observou-se a localização diferenciada das classes sociais nesse espaço. Nos anos 90, esses processos se mantiveram e aprofundaram, sendo que na área destinada aos mais abastados verificou-se um intenso avanço do número de novos empreendimentos (especialmente condomínios fechados), consolidando um processo de segregação residencial. Partindo do entendimento de que o espaço é condição e condicionante dos processos sociais, que, no capitalismo, ele é produzido sobretudo, para manter as condições de reprodução social e que as elites buscam se apropriar do Estado para que ele represente seus interesses, buscou-se com esse trabalho discutir as formas e as escalas sob as quais o processo de segregação residencial pode ser identificado em Lauro de Freitas, analisando as diferentes características dos locais de moradia das distintas classes sociais em dois de seus distritos: Itinga e Atlântico Norte.