Summary: | Submitted by Oliveira Santos Dilzaná (dilznana@yahoo.com.br) on 2015-05-05T18:43:11Z
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TESE DE JACKSON - GURGALHA.pdf: 4712073 bytes, checksum: 5f681d589571743c711749b5330cc9ef (MD5) === Approved for entry into archive by Ana Portela (anapoli@ufba.br) on 2015-05-06T13:57:48Z (GMT) No. of bitstreams: 1
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TESE DE JACKSON - GURGALHA.pdf: 4712073 bytes, checksum: 5f681d589571743c711749b5330cc9ef (MD5) === FAPESB === Este trabalho analisa as relações de dependência pessoal entre senhores e dependentes no
sertão baiano oitocentista. A hipótese central é de que os subalternos tinham clara noção de
sua condição dentro da sociedade e, valendo-se do paternalismo, buscavam obter dos senhores
vantagens para si e suas famílias. Defendo que as relações entre senhores e subalternos eram
construídas levando em conta a confiança, a proteção e sentimentos afetivos, muitas vezes,
difíceis de mensurar. Para entender a dependência no mundo rural baiano, segui as trajetórias
do casal Soares da Rocha e de alguns de seus dependentes (escravos, libertos e ex-agregados).
Formado pelo coronel Quintino Soares da Rocha e dona Umbelina Adelaide de Miranda, o
casal era o mais rico proprietário de terra, maior produtor de gado vacum e cavalar e principal
escravista da vila de Nossa Senhora da Graça do Morro do Chapéu (Chapada Diamantina).
Isso permitiu a ele adquirir centenas de dependentes. Para (re)construir as experiências do
casal e dos dependentes usei uma gama variada de documentos, como: livros de notas,
registros eclesiásticos (batismos, casamentos e óbitos), inventários e processos criminais.
Apliquei o método da ligação nominativa. Empregado nos estudos de micro-história,
biografia e trajetórias, o método possibilitou, também, entender as redes familiares de
escravos, libertos, homens livres pobres e seus descendentes, compreender que dentro dos
grupos havia gradações de dependência.
This work analyses the relations of personal dependence among landowners and their
dependents in 18thcentury Bahia sertão/wilderness. The main hypothesis assumes that the
subalterns held a clear notion of their condition in society, and by making use of paternalism,
attempted to obtain from their landowners advantages for them and their families. I argue that
the relations among the landowners and the subalterns were constructed based on trust,
protection and affective sentiments, hard to measure. To understand the dependence in Bahia
rural world, I have followed the trajectories of the Soares da Rocha couple and of their
dependents (slaves, freed slaves and former households). The couple consisted of colonel
Quintino Soares da Rocha and “dona” Umbelina Adelaide de Miranda. They were the richest
landowners and greatest livestock (vacum cattle) and horse breeders, and, thus, the main slave
owners in Nossa Senhora da Graça do Morro do Chapéu (Chapada Diamantina) village. To
(re)construct the couple‟s and their dependents‟experiences, I have used a varied range of
documents, such as: notebooks, ecclesiastical documents (baptisms, weddings, and death
certificates), inventories and criminal processes. I have applied the method of nominative
relation. This method, when used in micro-history, biographies and trajectory studies makes
possible to understand slaves, freed slaves and free men family and community networks, as
well as understand the degrees of dependence within those groups.
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