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Patricia Cruz Ferreira.pdf: 826765 bytes, checksum: 4ea3897b3c731115c970c3e9bf7e504b (MD5) === Nosso cotidiano é permeado de objetos – imagens, textos, pessoas,
lugares, movimentos, que se efetivam significativamente como ambientes de
representação, organização, disseminação e apresentação das informações.
Nesse universo, o corpo, em todos os seus aspectos e modos de operar,
desempenha um importante papel cognitivo na estruturação das linguagens
enquanto leituras sígnicas verbais e não verbais do mundo. A hipótese é de que a
dança pode ser considerada como linguagem na qual alguns dos corpos no
ambiente cênico (dançarino-espectador) realizam uma ação cognitiva de caráter
textual - comunicam signos realizados com o entorno, compondo uma escrita
metafórica. Com o objetivo de refletir sobre a dança como linguagem e explicitar a
operacionalidade metafórica dos corpos na dança, o estudo se fundamenta em
teóricos da Dança, da Comunicação, da Semiótica peirceana, da Linguística
Cognitiva, das Neurociências e das Ciências Cognitivas, que possibilitam levantar
questionamentos acerca dos pensamentos dicotômicos que consideram a dança
ou o corpo privado da razão, do pensamento, e a linguagem descorporificada.
Inicialmente, são abordados os conceitos mais amplos de signo e linguagem
propostos pela Semiótica de Charles Sanders Peirce (PEIRCE, 2010, 1975;
SANTAELLA, 2012, 2005, 2004) e as argumentações de corpo na linguagem e a
linguagem verbal como “parasita” do não verbal (RUTHROF, 2010, 2000). Em
seguida, tais formulações são colocadas em diálogo com as compreensões de
metáfora, de significativo e de sentido (LAKOFF E JOHNSON, 2002, 1999; e
JONHSON, 2007), de procedimento metafórico (RENGEL, 2007), e de memória e
sistema de mapeamento cerebral do corpo (DAMÁSIO, 2011). O conjunto teórico
e o contexto de apresentação da dança são analisados de forma descritiva e
qualitativa de modo a identificar traços da ação da escrita metafórica do corpo
como processos de tradução, significação e memória. A relevância da pesquisa é
tratar a dança não como uma linguagem tal qual a fala e a escrita, mas expandir
suas compreensões e gerar condições para mudar hábitos cognitivos
reforçadores da hegemonia do verbal e de dicotomias como olhar/agir,
passividade/atividade e o dualismo mente e corpo.
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