Psicologia: formação e exercício profissional em Angola

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Full description

Bibliographic Details
Main Author: Francisco, João Manuel Saveia Daniel
Other Authors: Bastos, Antônio Virgílio Bittencourt
Language:Portuguese
Published: Instituto de Psicologia 2014
Subjects:
Online Access:http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/14517
Description
Summary:Submitted by Oliveira Santos Dilzaná (dilznana@yahoo.com.br) on 2014-01-17T12:59:18Z No. of bitstreams: 1 TESE João Manuel Saveia Daniel Francisco.pdf: 1955377 bytes, checksum: 6fd9833e45f348af33ecf09f91fd50b6 (MD5) === Approved for entry into archive by Ana Portela (anapoli@ufba.br) on 2014-02-03T14:27:48Z (GMT) No. of bitstreams: 1 TESE João Manuel Saveia Daniel Francisco.pdf: 1955377 bytes, checksum: 6fd9833e45f348af33ecf09f91fd50b6 (MD5) === Made available in DSpace on 2014-02-03T14:27:48Z (GMT). No. of bitstreams: 1 TESE João Manuel Saveia Daniel Francisco.pdf: 1955377 bytes, checksum: 6fd9833e45f348af33ecf09f91fd50b6 (MD5) === INABE === Em Angola o surgimento da Psicologia é recente. Os primeiros cursos surgiram há treze anos. Considerando esse cenário, esta pesquisa partiu do pressuposto de que mapear o campo profissional da Psicologia é condição básica para identificar problemas, discutir questões e prospectar cenários que possam conduzir a um crescente reconhecimento do papel social que a Psicologia, como ciência e profissão, cumpre em Angola. A pesquisa partiu do seguinte questionamento: como se estrutura o exercício profissional e o processo de formação do psicólogo em Angola? Para responder à questão, foi desenvolvido um estudo com o objetivo de descrever a dinâmica da profissão de psicólogo em Angola, caracterizando seu exercício e construindo um quadro atualizado da sua formação acadêmica e complementar. A pesquisa foi desenvolvida em três estudos articulados, no período de Janeiro a Agosto de 2012, sendo que cada estudo teve características metodológicas próprias. O primeiro descreveu as bases históricas do processo de profissionalização da Psicologia em Angola, o segundo analisou o processo de formação do psicólogo em Angola e o terceiro abordou três temáticas: inserção dos psicólogos no mercado de trabalho, competências profissionais e estratégias de qualificação e requalificação e vínculos com a profissão e área de atuação. Nessa última temática, foi pesquisada a escolha profissional dos psicólogos e o valor social atribuído à profissão e o comprometimento dos psicólogos com a profissão e área de atuação. Constatou-se que a profissionalização da Psicologia é um percurso ainda em construção, com vários desafios, dentre eles a despartidarização da profissão, a criação de uma entidade que congregue os profissionais e que regule a profissão e a “demarcação das águas” entre o exercício profissional do psicólogo e o do profissional formado em Ciências da Educação. Quanto à formação em Psicologia, verifica-se uma expansão de cursos, mas sem a necessária qualidade de formação. Por outro lado, a profissão apresenta muitas fragilidades, a saber: alto índice de desemprego, como reflexo da pouca oferta de trabalho e do descompasso entre habilidades e demandas do mercado; fraco investimento dos profissionais em qualificação profissional; baixa remuneração; inserção em várias organizações, comprometendo a qualidade do trabalho; e o foco em atividades consideradas tradicionais. No que se refere ao desenvolvimento de competências e estratégias de qualificação, a pesquisa mostrou que competências críticas para a inserção do psicólogo no trabalho não têm recebido a devida atenção durante a formação, nem têm sido buscadas por um bom número de profissionais em outras formas de qualificação. Quanto à escolha da profissão, os resultados somam-se aos demais estudos a respeito, ao se constatar que os psicólogos escolhem esse campo de atuação de forma livre, guiando-se pela vocação, habilidades e interesses. Quanto ao comprometimento com a profissão, verificou-se que os psicólogos estão comprometidos com a profissão, sendo que a base afetiva é mais elevada que a base calculativa, tanto no comprometimento com a profissão quanto com a área de atuação. Outro aspecto relevante é o fato de os que exercem a profissão estarem mais fortemente comprometidos e, entre eles, a intensidade do vínculo ser maior no grupo que atua exclusivamente no campo da Psicologia. Em relação ao valor social atribuído à profissão, a pesquisa mostrou que os profissionais percebem a profissão com uma imagem positiva, apesar de considerarem ser mal remunerada. Finalmente, a pesquisa constatou que a maior parte dos psicólogos não pretende abandonar a profissão nem a área de atuação. In Angola the emergence of psychology is recent. The first courses were taught thirteen years ago. Thinking about this scenario, this research assumed that map the professional field of Psychology is a basic condition to identify problems, discuss issues and exploring scenarios that could lead to a growing recognition of the social role of Psychology as a science and profession, in Angola. The research started from the following question: how is structured the professional and the formation process of the psychologist in Angola? To answer the question, the study was conducted in order to describe the dynamics of the psychologist profession in Angola, by describing its activity and create an updated picture of its’ academic and complementary education. The research was conducted in three studies articulated in the period between January and August 2012, in which each study had their specific methodological characteristics. The first study described the historical bases of the process of professionalization of psychology in Angola, the second analyzed the process of training of psychologists in Angola and the third addressed three themes: integration of psychologists in the labor market, skills and strategies for training and retraining and links with the profession and area of expertise. In this last theme was researched the choice of professional psychologists and social value attributed to the profession and commitment of the psychologists to the profession and area of expertise. It was found that the professionalization of psychology is a route under construction, with several challenges, among them to limit the political parties’ influence, the creation of an entity that brings the professionals together and that regulates the profession and distinguish between the activities of professional psychologist and professional graduated in Education Science. As for the degree in psychology, there is an expansion of courses, but without the necessary quality training. In the other hand, the profession has many weaknesses, namely: high unemployment, reflecting on the low labor supply and the mismatch between skills and market demand; weak investment from professionals in professional training; low pay; inclusion in various organizations compromising the quality of work; and focus on activities considered traditional. With regard to skills development and training strategies, research has shown that critical skills required for psychologist to enter in the workplace have not been receiving the proper attention during training; neither are been pursued by a significant number of professionals in other forms of qualification. As for the choice of the profession, the results add to the others on the point, to note that psychologists choose this field of work freely, guided by vocation, ability and interests. As for the commitment to the profession, it was verified that psychologists are committed to the profession, being the affective basis higher than the continuance base, both in commitment to the profession and with the area of expertise. Another relevant aspect is the fact that those who practice the profession are strongly committed, among these, the intensity of the bond is greater in the group that operates exclusively in the field of Psychology. Regarding to social values attributed to the profession, research has shown that professionals perceive the profession has having a positive image, although they consider to be underpaid. Finally, the survey found that most psychologists do not intend to leave the profession or area of expertise.