A dor do recém-nascido no cotidiano da Unidade de Terapia Intensiva neonatal
Submitted by Mendes Márcia (marciinhamendes@gmail.com) on 2013-07-15T17:32:52Z No. of bitstreams: 1 DISSER_PGENF_186_MARIA THAIS.pdf: 881823 bytes, checksum: 1e7eec27163452965e40aa1e20b28f75 (MD5) === Approved for entry into archive by Flávia Ferreira(flaviaccf@yahoo.com.br) on 2013-08-08T20:08:34Z...
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Dor Recém-nascido Cotidiano Calasans, Maria Thaís de Andrade A dor do recém-nascido no cotidiano da Unidade de Terapia Intensiva neonatal |
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Previous issue date: 2006-02-20 === A dor é considerada uma experiência subjetiva e pessoal. O recém-nascido é o paciente mais vulnerável a dor, por não ter habilidade para se proteger ou manifestar verbalmente sua insatisfação frente a uma situação dolorosa. Os profissionais que trabalham na Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal devem estar atentos às alterações comportamentais e fisiológicas que costumam acompanhar o episódio doloroso, além de saber utilizar instrumentos de avaliação e mensuração da dor nessa faixa etária. Este estudo tomou como objeto o significado atribuído pela equipe de saúde à dor do recém-nascido internado na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, tendo como objetivo geral, compreender o significado da dor do RN para os profissionais de saúde nas UTI neonatais de Salvador; e como objetivos específicos, identificar a concepção da dor do recém-nascido para enfermeiras e médicos; observar o comportamento das enfermeiras e médicos frente à dor do recém-nascido e descrever os registros das enfermeiras e médicos sobre a assistência prestada frente à dor do recém-nascido. Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo e exploratório, fundamentado na Teoria do Cotidiano de Michel Maffesoli, desenvolvido em duas Unidades de Tratamento Intensivo Neonatal de Salvador. Os sujeitos foram 14 enfermeiras e 12 médicos que atuavam nas unidades estudadas. Os dados foram coletados através de entrevista semi-estruturada, observação livre não-participante e coleta de dados em prontuários. Os dados obtidos nas entrevistas foram analisados através da técnica de análise de conteúdo e triangulados com aqueles coletados em prontuários e nos registros de notas de campo das observações livres. Foram levantadas 7 categorias: sentimentos ao cuidar de um recém-nascido com dor; interferência da relação afetiva no cuidado prestado ao RN com dor; identificando a dor do recém-nascido; intervindo frente à dor do recém-nascido; sinalizando para equipe interdisciplinar sobre a dor do RN; registrando sobre a dor do recém-nascido; e significando a dor do recém-nascido. Foram encontrados sentimentos ambíguos ao cuidar do recém-nascido com dor: sentimentos agradáveis, como o alívio e a realização; e, desagradáveis, esses relacionados à dificuldade e impotência em tratar a dor. Os entrevistados, na sua maioria, acreditam que o relacionamento afetivo interfere no cuidado prestado. Verbalizam identificar a dor do recém-nascido através de parâmetros comportamentais e fisiológicos, nem sempre realizando a identificação na sua prática diária. Quando reconhecem a dor, costumam tratá-la através de medidas farmacológicas e não farmacológicas. Os enfermeiros sinalizam a identificação da dor para o médico, solicitando uma intervenção, enquanto os médicos relatam a sinalização partindo da enfermagem, sem, entretanto, não considerar a equipe interdisciplinar. Nos 18 prontuários analisados, foi constatado que o registro do processo álgico é deficiente, sem relato da avaliação da dor e dos efeitos obtidos com o tratamento. Os profissionais parecem ter dificuldade em significar a dor do recém-nascido, associando esse significado ao conhecimento técnico-científico. Conclui-se que os profissionais de saúde ainda têm dificuldades no manejo adequado da dor e que o significado atribuído por eles à dor na fase neonatal, interfere na sua prevenção, avaliação e tratamento. === Salvador |
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