Participação do parceiro na gravidez não planejada segundo o olhar das mulheres

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Full description

Bibliographic Details
Main Author: Parcero, Sonia Maria de Jesus
Other Authors: Coelho, Edméia de Almeida Cardoso
Language:Portuguese
Published: 2013
Subjects:
Online Access:http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/12175
Description
Summary:Submitted by Hiolanda Rêgo (hiolandar@gmail.com) on 2013-07-09T19:37:43Z No. of bitstreams: 1 Dissertação_Enf_Sonia Parcero.pdf: 5698410 bytes, checksum: 75026984f1c3f514500bfef25b919141 (MD5) === Approved for entry into archive by Flávia Ferreira(flaviaccf@yahoo.com.br) on 2013-07-12T16:53:11Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertação_Enf_Sonia Parcero.pdf: 5698410 bytes, checksum: 75026984f1c3f514500bfef25b919141 (MD5) === Made available in DSpace on 2013-07-12T16:53:11Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertação_Enf_Sonia Parcero.pdf: 5698410 bytes, checksum: 75026984f1c3f514500bfef25b919141 (MD5) === A assunção de responsabilidade pelo parceiro é fator decisivo na aceitação de uma gravidez não planejada e sua participação é importante desde a escolha compartilhada de contraceptivos à experiência da gravidez e ao seu desfecho. Valorizando a importância da corresponsabilidade masculina na gravidez não planejada e a complexa rede multifacetada que envolve a ocorrência de uma gravidez, foi realizada uma pesquisa que teve como objetivos descrever o perfil sociodemográfico de parceiros de mulheres em situação de gravidez não planejada; caracterizar a participação do parceiro quanto à responsabilidade pela contracepção e descrever características do relacionamento entre o parceiro e sua companheira em situação de gravidez não planejada. Trata-se de estudo, descritivo, exploratório, de abordagem quantitativa, desenvolvido durante o período de março a dezembro de 2011. A pesquisa foi realizada no Subúrbio Ferroviário de Salvador, e a população foi constituída por 191 mulheres grávidas em qualquer fase do ciclo gestacional, que estiveram sob acompanhamento pré-natal nas Unidades de Saúde da Família, no período de maio a setembro de 2010. O instrumento de coleta dos dados foi um formulário de entrevista com perguntas estruturadas e semiestruturadas, aplicadas às mulheres grávidas que aceitaram participar do estudo. Após a digitação os dados foram exportados para o software estatístico STATA v.8. A análise foi realizada mediante distribuição de frequências bi-variadas para as variáveis qualitativas e medidas descritivas para as variáveis quantitativas (médias e desvio padrão). Para verificar diferenças entre as proporções, utilizou-se o Teste Chi-quadrado de Pearson ou o Exato de Fischer (quando necessário), adotou-se o nível de significância estatístico de 5% (p ≤ 0,05). Os resultados do estudo revelaram parceiros em situação socioeconômica desfavorável ao acesso a informações, e a reflexões mais amplas sobre a participação masculina no processo reprodutivo, notadamente influenciado pela baixa escolaridade e pela baixa renda. A maioria das mulheres informou não ter planejado a gravidez, 66,5%, sendo elas as principais responsáveis por evitar a gravidez. Em relação a outras características do relacionamento, ser casada ou ter união estável se apresentou como importante fator que contribui para a ocorrência e para a aceitação da gravidez, tendo alta significância estatística. Quanto à reação do parceiro, mais da metade das mulheres informou satisfação com a constatação da gravidez porque a desejavam, enquanto outro grupo, embora não tenha inicialmente demonstrado satisfação, a aceitou posteriormente. O mesmo se repete em relação aos familiares do parceiro, chamando atenção para a falta de apoio por uma parcela de familiares. O estudo também evidenciou que existe uma tendência para a aceitação da gravidez pelo parceiro, o que se apresenta com menor frequência por sua família. Esta pesquisa oferece subsídios para reflexão sobre as práticas de atenção em saúde nos programas de planejamento reprodutivo e a participação efetiva do homem no processo gravídico-puerperal e indica que na ESF há necessidade de se ampliar o estímulo à co-responsabilidade masculina no processo da gravidez. Ressaltamos o papel da enfermeira no processo, tendo em vista ser a profissional que está à frente das ações básicas de saúde na ESF. === Salvador