Summary: | 230f. === Submitted by Suelen Reis (suziy.ellen@gmail.com) on 2013-05-09T18:00:03Z
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Previous issue date: 2007 === Esta dissertação examina sob a ótica da sustentabilidade as relações entre a cultura e o turismo no Centro Histórico de Salvador- CHS. Foi realizada com o método qualitativo, usando instrumentos de observação participante no estudo de caso: roteiro turístico do CHS. Complementadas com entrevistas com os representantes de segmentos do CHS como agentes e guias de turismo e os fóruns oficiais e privados da cultura e do turismo. A pesquisa analisa os elementos dessa relação, as implicações e as demais interações com o cenário levando em conta as dimensões do ambiente ecológico, social e o econômico. As quais condicionam o turismo e são compreendidas como bases do cenário cultural. No resultado dessa investigação destacam-se: primeiro, que o discurso constante nas políticas públicas não inclui em seu bojo a percepção sistêmica da atividade de roteiro turístico, e nem como elemento estratégico. Para o governo do Estado o roteiro é uma construção com dimensão unicamente privada e, por isso, não tem escopo no planejamento. Essa ausência impede o estabelecimento de parâmetros de sustentabilidade para a relação sistêmica da cultura e turismo. Em segundo, o Pelourinho é consumido como espaço simbólico da cultura negra e indígena e, nisso está presente tanto a gloriosidade quanto a contradição. A imagem que o senso comum tem do CHS é de ser um lugar não periférico e, por isso guarda e valoriza a cultura afro-descendente e a indígenas miscigenadas como bens globalizados. Os quais são decorrentes da trajetória de exclusão do sofrimento e da luta desses povos e, hoje alcançaram vínculos em diversos horizontes. E essa marca foi reforçada recentemente, em nome do desenvolvimento advindo do turismo, que manteve essa população ausente dos benefícios da revitalização do CHS. Nessa relação, o roteiro do CHS passeia no Pelourinho como um lugar dinamizado pelo acaso social que lhe ressignificou e, se somaram as ordens e edificações religiosas já presentes. Terceiro, o turismo ainda não flui como sistema e, suas relações com o ambiente são fragmentadas, míopes e se conduzem sem gestão sistêmica necessárias para atingir os resultados no turismo. As ações nessa esfera são políticas públicas para produções culturais a serviço da imagem mercadológica da cidade, como destino ideal com vistas a ações de desenvolvimento estratégico para o Estado. Essa realidade tem sido incapaz de estabelecer bases de sustentabilidade para as ações individuais e coletivas na relação cultura e turismo. E por último, as imagens dessa relação estão servindo mais como barreira para a contemplação dos bens simbólicos do que para a sua valorização e desenvolvimento. O cenário mostra um ambiente social frágil que induz o turista a não voltar para dar continuidade ao consumo de contemplar o patrimônio turístico do CHS. Essa pesquisa dá alguns indícios do processo de redução cronico nas possibilidades de produzir recursos e meios para criar o desenvolvimento sustentável dos bens turísticos de CHS. === Salvador
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