Identidade feminina e sexualidade na concepção de mulheres com síndrome de Down: educação sexual como caminho para a construção de maior autonomia
126f. === Submitted by Suelen Reis (suziy.ellen@gmail.com) on 2013-05-06T19:14:24Z No. of bitstreams: 2 Dissert. Sheila Uzeda2.pdf: 2180185 bytes, checksum: bd6b6b40ffa6cbb65fad9036cf32678f (MD5) Dissert. Sheila Uzeda1.pdf: 1873180 bytes, checksum: f99f08467fe869365b5ed94947e99c8d (MD5) === Approved...
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Programa de Pós-Graduação em Educação da UFBA
2013
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Previous issue date: 2006 === Este estudo tem como objetivos analisar as concepções de mulheres com síndrome de Down a respeito de questões referentes à identidade e sexualidade femininas, educação sexual, bem como verificar se os estigmas de subordinação, dependência e inferioridade, socialmente construídos e associados à identidade feminina, reforçam as idéias de incapacidade e imaturidade atribuídas à mulher com deficiência mental. A abordagem metodológica priorizou contemplar as vozes femininas, tendo o gênero como categoria de análise e configurando-se como uma pesquisa qualitativa fundamentada na abordagem sócio-histórica. Para tanto foram realizadas quatro oficinas, com três mulheres que apresentavam síndrome de Down e que possuíam 15, 19 e 22 anos, respectivamente. As participantes desta pesquisa freqüentavam a Sociedade Pestalozzi de Camaçari, Bahia, local em que a pesquisadora desenvolvia uma prática como psicóloga educacional. Além da discussão dos temas citados, recorreu-se à utilização de desenhos e objetos do cotidiano, com intuito de contemplar aspectos decorrentes da expressão não-verbal, visto que as participantes apresentavam comprometimentos na linguagem oral, em graus diferenciados. A análise dos dados coletados demonstrou a existência de uma educação sexual marcadamente repressora para estas mulheres, que apesar da faixa etária e constituição biológica lhes conferirem condição de mulher, eram vítimas de uma postura infantilizadora, que resultava em atitudes de grande dependência em relação à figura materna. Evidenciou-se, também, desinformação e concepções distorcidas sobre corpo e sexualidade por partes das mulheres que integraram esta pesquisa, e diferenciação dos papéis sexuais em função do gênero. Dessa forma, foi possível concluir que a limitação cognitiva, quando leve ou moderada, não inviabiliza a efetivação de programas de educação sexual; ao contrário, marca sua prioridade, entendendo que a sexualidade é dimensão presente durante todas as fases do desenvolvimento humano, independente da condição cognitiva que o indivíduo apresente. Constatou-se que os valores e atitudes relacionadas à sexualidade podem ser transmitidos e assimilados pelas pessoas com síndrome de Down, para favorecer o aprendizado de comportamentos partilhados e socialmente aceitos no contexto de que fazem parte. Destacou-se a relevância de introduzir discussões que levem em conta o gênero como fator que permeia as relações afetivas e organiza, hierarquicamente, os papéis sociais, bem como a inclusão escolar que favorece maior adequação de condutas relacionadas à sexualidade nas pessoas com deficiência mental, uma vez que a aprendizagem se dá na troca com o outro e o ambiente deve ser estimulador para o desenvolvimento humano. A sexualidade na pessoa com deficiência mental, da maneira como tem sido pensada e tratada pela sociedade constitui-se como fator impeditivo de uma efetiva inclusão social, na medida em que favorece a perpetuação de estigmas. === Salvador |
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