Interpretação paleoambiental dos calcretes da Formação Marília na região de Uberaba (MG)

Calcretes são acumulações secundárias de carbonato de cálcio continentais formadas próximo à superfície como resultado de processos pedogenéticos e diagenéticos, produzindo grande variedade de morfologias e texturas. Na Formação Marília (Cretáceo Superior da Bacia Bauru) na região de Uberaba (MG),...

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Main Authors: Lorena da Fonseca Sampaio, Patrick Führ Dal’ Bó, Giorgio Basilici, Thiago da Silva Marinho
Format: Article
Language:English
Published: Universidade de São Paulo 2017-08-01
Series:Geologia USP. Série Científica
Subjects:
Online Access:http://www.revistas.usp.br/guspsc/article/view/134871
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spelling doaj-ff642707e79142eb9031478b05085cfe2020-11-25T03:22:08ZengUniversidade de São PauloGeologia USP. Série Científica2316-90952017-08-0117210.11606/issn.2316-9095.v17-423Interpretação paleoambiental dos calcretes da Formação Marília na região de Uberaba (MG)Lorena da Fonseca Sampaio0Patrick Führ Dal’ Bó1Giorgio Basilici2Thiago da Silva Marinho3Laboratório de Geologia Sedimentar, Departamento de Geologia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Rio de Janeiro ‑ UFRJLaboratório de Geologia Sedimentar, Departamento de Geologia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Rio de Janeiro ‑ UFRJDepartamento de Geologia e Recursos Naturais, Instituto de Geociências, Universidade Estadual de Campinas ‑ UNICAMP,Departamento de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Triângulo Mineiro ‑ UFTM Calcretes são acumulações secundárias de carbonato de cálcio continentais formadas próximo à superfície como resultado de processos pedogenéticos e diagenéticos, produzindo grande variedade de morfologias e texturas. Na Formação Marília (Cretáceo Superior da Bacia Bauru) na região de Uberaba (MG), os calcretes têm sido estudados por seu significado paleoclimático e paleoambiental. Contudo, sua origem e relações entre processos de sedimentação, pedogênese e eodiagênese carecem de estudos detalhados. Em campo, foram distintas quatro morfologias de calcretes no Membro Ponte Alta (nodular, brechoso, venular e maciço) e três no Membro Serra da Galga (nodular, laminar e hardpan). Os calcretes do Membro Ponte Alta são formados por processos palustres e/ou diagenéticos freáticos, marcados pela presença de micrita com feições de exposição subaérea, ostracodes, biválvios e carófitas, e por intensa cimentação espática e neomorfismo. No Membro Serra da Galga, calcretes nodulares e laminares são caracterizados por associação de microfeições pedogênicas e biogênicas, tais como tramas cristalíticas, rizotúbulos, Microcodium e esferulitos, embora cimentação por calcita espática diagenética ocorra pontualmente. Os calcretes tipo hardpan ocorrem no topo de perfis de paleossolos e possuem origem poligenética, com sobreposição de feições palustres e diagenéticas. Na Formação Marília, a formação de calcretes está relacionada à emergência ou ao rebaixamento de águas subterrâneas sobressaturadas em carbonato de cálcio em sedimentos ou perfis de solo. A predominância de feições diagenéticas freáticas e palustres no Membro Ponte Alta sugere condições climáticas semiáridas com períodos de maior pluviosidade e/ou aumento das taxas de subsidência durante sua deposição. http://www.revistas.usp.br/guspsc/article/view/134871Carbonatos ContinentaisPedogêneseDiagêneseNeocretáceo do Brasil.
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