Fármacos em águas residuárias: efeitos ambientais e remoção em wetlands construídos

Resumo Diariamente, poluentes emergentes são lançados em corpos hídricos, tais como fármacos liberados pela urina, e não são removidos totalmente nos processos convencionais de tratamento de águas residuárias, levando à necessidade de estudos aprofundados para melhorias nas estações de tratamento de...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Ronaldo Kanopf de Araújo, Delmira Beatriz Wolff, Elvis Carissimi
Format: Article
Language:English
Published: Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo S.A (SABESP) 2019-07-01
Series:Revista DAE
Subjects:
Online Access:http://revistadae.com.br/artigos/artigo_edicao_218_n_1794.pdf
id doaj-ff626cdaa97f4230b3144ace4e026386
record_format Article
spelling doaj-ff626cdaa97f4230b3144ace4e0263862020-11-25T03:18:58ZengCompanhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo S.A (SABESP)Revista DAE0101-60400101-60402019-07-016721813715510.4322/dae.2019.039Fármacos em águas residuárias: efeitos ambientais e remoção em wetlands construídosRonaldo Kanopf de AraújoDelmira Beatriz Wolff0Elvis Carissimi1Universidade Federal de Santa MariaUniversidade Federal de Santa MariaResumo Diariamente, poluentes emergentes são lançados em corpos hídricos, tais como fármacos liberados pela urina, e não são removidos totalmente nos processos convencionais de tratamento de águas residuárias, levando à necessidade de estudos aprofundados para melhorias nas estações de tratamento de esgoto. A dipirona, o diclofenaco e o paracetamol são fármacos utilizados em larga escala no mundo como anti-inflamatórios, analgésicos e antipiréticos. No Brasil, esses medicamentos podem ser adquiridos com custo baixo e sem prescrição médica nas farmácias. O lançamento desses poluentes emergentes pode acarretar danos à saúde humana e à biota aquática. Dessa forma, tem-se como objetivo apresentar uma revisão de literatura sobre a remoção de dipirona, diclofenaco e paracetamol em sistemas de tratamento de esgoto do tipo wetlands construídos. Observou-se que wetlands construídos podem remover fármacos tão bem quanto estações convencionais, como lagoas ou lodos ativados, devido à coexistência de diferentes condições físico-químicas, com rotas de degradação tanto aeróbicas como anaeróbicas. A ausência de estudos aprofundados que comparem a remoção de dipirona, diclofenaco e paracetamol em diferentes processos de tratamento ainda não permite indicar a tecnologia mais eficiente. Wetlands construídos são sistemas conhecidamente eficientes na remoção de matéria orgânica carbonácea e nitrogenada, podendo ser aplicados para o tratamento descentralizado. Novas pesquisas têm mostrado que esses sistemas podem também remover fármacos, com elevadas eficiências, tanto em configurações de fluxo hidráulico horizontal como vertical, de forma a minimizar as concentrações desses poluentes em corpos hídricos. A possibilidade de aplicação de sistemas naturais de tratamento de esgotos que possam remover poluentes emergentes biologicamente coloca os WC em destaque em comparação com outras tecnologias, em especial no Brasil, onde ainda não foi explorado todo o seu potencial nos municípios e pequenas comunidades.http://revistadae.com.br/artigos/artigo_edicao_218_n_1794.pdfanti-inflamatóriosmicrocontaminantessaneamento ambientalfiltro plantado com macrófitaswetland construído
collection DOAJ
language English
format Article
sources DOAJ
author Ronaldo Kanopf de Araújo
Delmira Beatriz Wolff
Elvis Carissimi
spellingShingle Ronaldo Kanopf de Araújo
Delmira Beatriz Wolff
Elvis Carissimi
Fármacos em águas residuárias: efeitos ambientais e remoção em wetlands construídos
Revista DAE
anti-inflamatórios
microcontaminantes
saneamento ambiental
filtro plantado com macrófitas
wetland construído
author_facet Ronaldo Kanopf de Araújo
Delmira Beatriz Wolff
Elvis Carissimi
author_sort Ronaldo Kanopf de Araújo
title Fármacos em águas residuárias: efeitos ambientais e remoção em wetlands construídos
title_short Fármacos em águas residuárias: efeitos ambientais e remoção em wetlands construídos
title_full Fármacos em águas residuárias: efeitos ambientais e remoção em wetlands construídos
title_fullStr Fármacos em águas residuárias: efeitos ambientais e remoção em wetlands construídos
title_full_unstemmed Fármacos em águas residuárias: efeitos ambientais e remoção em wetlands construídos
title_sort fármacos em águas residuárias: efeitos ambientais e remoção em wetlands construídos
publisher Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo S.A (SABESP)
series Revista DAE
issn 0101-6040
0101-6040
publishDate 2019-07-01
description Resumo Diariamente, poluentes emergentes são lançados em corpos hídricos, tais como fármacos liberados pela urina, e não são removidos totalmente nos processos convencionais de tratamento de águas residuárias, levando à necessidade de estudos aprofundados para melhorias nas estações de tratamento de esgoto. A dipirona, o diclofenaco e o paracetamol são fármacos utilizados em larga escala no mundo como anti-inflamatórios, analgésicos e antipiréticos. No Brasil, esses medicamentos podem ser adquiridos com custo baixo e sem prescrição médica nas farmácias. O lançamento desses poluentes emergentes pode acarretar danos à saúde humana e à biota aquática. Dessa forma, tem-se como objetivo apresentar uma revisão de literatura sobre a remoção de dipirona, diclofenaco e paracetamol em sistemas de tratamento de esgoto do tipo wetlands construídos. Observou-se que wetlands construídos podem remover fármacos tão bem quanto estações convencionais, como lagoas ou lodos ativados, devido à coexistência de diferentes condições físico-químicas, com rotas de degradação tanto aeróbicas como anaeróbicas. A ausência de estudos aprofundados que comparem a remoção de dipirona, diclofenaco e paracetamol em diferentes processos de tratamento ainda não permite indicar a tecnologia mais eficiente. Wetlands construídos são sistemas conhecidamente eficientes na remoção de matéria orgânica carbonácea e nitrogenada, podendo ser aplicados para o tratamento descentralizado. Novas pesquisas têm mostrado que esses sistemas podem também remover fármacos, com elevadas eficiências, tanto em configurações de fluxo hidráulico horizontal como vertical, de forma a minimizar as concentrações desses poluentes em corpos hídricos. A possibilidade de aplicação de sistemas naturais de tratamento de esgotos que possam remover poluentes emergentes biologicamente coloca os WC em destaque em comparação com outras tecnologias, em especial no Brasil, onde ainda não foi explorado todo o seu potencial nos municípios e pequenas comunidades.
topic anti-inflamatórios
microcontaminantes
saneamento ambiental
filtro plantado com macrófitas
wetland construído
url http://revistadae.com.br/artigos/artigo_edicao_218_n_1794.pdf
work_keys_str_mv AT ronaldokanopfdearaujo farmacosemaguasresiduariasefeitosambientaiseremocaoemwetlandsconstruidos
AT delmirabeatrizwolff farmacosemaguasresiduariasefeitosambientaiseremocaoemwetlandsconstruidos
AT elviscarissimi farmacosemaguasresiduariasefeitosambientaiseremocaoemwetlandsconstruidos
_version_ 1724624653876461568