Os filhos da natureza: Figurações do indígena no romance brasileiro dos anos 1930

This article analyzes representations of indigenous people in Brazilian fiction from the 1930s to understand their presence in the national imaginary of the time. At the time, there was a deepening of the debate on social, productive, and institutional modernization, especially toward the promotion...

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Bibliographic Details
Main Author: Luciana Murari
Format: Article
Language:English
Published: Latin American Studies Association 2018-06-01
Series:Latin American Research Review
Online Access:https://larrlasa.org/articles/367
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spelling doaj-fdc0a07fee5c4a59aefb09f7ac60a45e2020-11-25T00:44:39ZengLatin American Studies AssociationLatin American Research Review0023-87911542-42782018-06-0153235837110.25222/larr.367121Os filhos da natureza: Figurações do indígena no romance brasileiro dos anos 1930Luciana Murari0Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do SulThis article analyzes representations of indigenous people in Brazilian fiction from the 1930s to understand their presence in the national imaginary of the time. At the time, there was a deepening of the debate on social, productive, and institutional modernization, especially toward the promotion of industrialization in the most dynamic economic areas and the expansion of the state presence in the inlands and the wild regions. The research sources selected for this article include Menotti del Picchia’s entertainment literature, Graciliano Ramos’s neorealist writing, and Cornelio Penna’s mystical and introspective fiction. Through such diversity, the author looks for perceptions of the indigenous as objects, obstacles, or historical subjects. Indigenous peoples are most often viewed as figures or symbols rather than real and contemporary individuals, and their image is simultaneously involved with modernization projects and questioning the country’s historical trajectory. Resumo Este artigo objetiva analisar representações do indígena na literatura ficcional brasileira da década de 1930, buscando compreender sua incorporação ao imaginário nacional naquele momento. Trata-se de um contexto de aprofundamento do debate sobre a modernização social, produtiva e institucional do país, sobretudo no sentido da promoção da industrialização nas áreas de economia mais dinâmica e da ampliação da presença estatal na vida do país, particularmente através de sua expansão em direção ao interior e às regiões de fronteira. Buscamos observar as formas de sua percepção como objeto, obstáculo e sujeito histórico e para tal foram selecionadas manifestações literárias bastante diversas: a literatura de entretenimento de Menotti del Picchia, a escrita neorrealista de Graciliano Ramos e a ficção mística e introspectiva de Cornélio Penna. Por meio de tal diversidade, intentamos alcançar um amplo horizonte de possibilidades em torno do problema exposto. Observamos, enfim, nos romances em debate, que os indígenas surgem mais frequentemente como figuras ou símbolos que como pessoas ou povos reais e contemporâneos, e que sua imagem participa dos projetos modernizadores, mas também contribui para o debate sobre a formação histórica do país.https://larrlasa.org/articles/367
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