Efeitos da fisioterapia respiratória na pressão intracraniana e pressão de perfusão cerebral no traumatismo cranioencefálico grave Effects of respiratory physiotherapy on intracranial pressure and cerebral perfusion pressure in severe traumatic brain injury patients
OBJETIVOS: Após um traumatismo cranioencefálico, a hipertensão intracraniana representa a maior causa de mortalidade, além da possibilidade de seqüelas funcionais, comportamentais e cognitivas. A escassez de estudos sobre os efeitos da fisioterapia respiratória nestes pacientes pode levar à condutas...
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Associação de Medicina Intensiva Brasileira
2008-12-01
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Series: | Revista Brasileira de Terapia Intensiva |
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Cassia Toledo Cinthia Garrido Eliane Troncoso Suzana Margareth Lobo |
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Cassia Toledo Cinthia Garrido Eliane Troncoso Suzana Margareth Lobo Efeitos da fisioterapia respiratória na pressão intracraniana e pressão de perfusão cerebral no traumatismo cranioencefálico grave Effects of respiratory physiotherapy on intracranial pressure and cerebral perfusion pressure in severe traumatic brain injury patients Revista Brasileira de Terapia Intensiva Modalidades de fisioterapia Hipertensão intracraniana Pressão intracraniana Terapia respiratória Intubação intratraqueal Traumatismos encefálicos Physical therapy modalities Intracranial hypertension Intracranial pressure Respiratory therapy Intubation, intratracheal Brain injuries |
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0103-507X 1982-4335 |
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OBJETIVOS: Após um traumatismo cranioencefálico, a hipertensão intracraniana representa a maior causa de mortalidade, além da possibilidade de seqüelas funcionais, comportamentais e cognitivas. A escassez de estudos sobre os efeitos da fisioterapia respiratória nestes pacientes pode levar à condutas contraditórias. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos de manobras usuais de fisioterapia respiratória sobre a pressão intracraniana e a pressão de perfusão cerebral em pacientes com traumatismo cranioencefálico grave. MÉTODOS: Ensaio clínico, prospectivo, em pacientes com traumatismo cranioencefálico, ventilados mecanicamente e com medida contínua da pressão intracraniana. Foram avaliados os efeitos das manobras de vibrocompressão manual e aspiração intratraqueal sem e com instilação de soro fisiológico, sobre as medidas de pressão intracraniana e de pressão de perfusão cerebral, entre o primeiro e o terceiro dia após a lesão cerebral. RESULTADOS: Foram obtidos os dados de 11 pacientes com idade de 41anos (mediana) APACHE II de 19,5 ± 5. A manobra de vibrocompressão manual não determinou aumento da pressão intracraniana em nenhum dos dias avaliados. A pressão intracraniana aumentou significativamente após manobras de aspiração intratraqueal em relação à medida basal (dia 1, 9,5 ± 0,9 mm Hg vs 18,0 ± 3,2 mm Hg; dia 2, 10,6 ± 1,7 mm Hg vs 21,4 ± 3,8 mm Hg; dia 3, 14,4 ± 1,0 vs 24,9 ± 2,7 mm Hg; p<0,05 para todos). Contudo, estas elevações foram transitórias (em torno de 27 segundos) e acompanhadas de aumentos compensatórios da pressão de perfusão cerebral. CONCLUSÕES: A manobra de vibrocompressão manual não determinou aumento da pressão intracraniana ou da pressão de perfusão cerebral em pacientes com traumatismo cranioencefálico grave. A aspiração intratraqueal levou a aumento significativo e transitório da pressão intracraniana e da pressão de perfusão cerebral.<br>OBJECTIVE: After brain injury intracranial hypertension is the major cause of mortality, in addition to the possibility of functional, behavioral and cognitive sequels. Scarcity of studies on the effects of respiratory physiotherapy on these patients may lead to contradictory performances. This study aimed to assess the effects of customary respiratory physiotherapy maneuvers on intracranial and cerebral perfusion pressures in patients with severe brain injury. METHODS: Clinical, prospective trial with patients with severe traumatic brain injury, mechanically ventilated and with a continued measurement of intracranial pressure. The effects of manual vibrocompression maneuvers and intratracheal aspiration with or without saline infusion on the measurements of intracranial and cerebral perfusion pressures, between the first and third day after cerebral injury were evaluated. RESULTS: Data were collected from 11 patients, 41 years of age (median) and APACHE II of 19.5 ± 5. The manual vibrocompression maneuver did not cause an increase of intracranial pressure on any of the days assessed. Intracranial pressure significantly increased after intratracheal aspiration maneuvers in relation to the basal measurement (day1, 9.5 ± 0.9 mm Hg vs 18.0 ± 3.2 mm Hg; day 2, 10.6 ± 1.7 mm Hg vs 21.4 ± 3.8 mm Hg; day 3, 14.4 ± 1.0 vs 24.9 ± 2.7 mm Hg; p<0.05 for all). However, these elevations were transient (about 27 seconds) and accompanied by compensatory increases of the cerebral perfusion pressure. CONCLUSION: The manual vibrocompression maneuver did not increase intracranial pressure or cerebral perfusion pressure in patients with severe brain injury. Intratracheal aspiration induced a significant and transient increase of the intracranial and cerebral perfusion pressures. |
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