Summary: | As eleições de 2010 mostraram que há uma inegável presença pública da religião quando o assunto é inserção via política. Nesse contexto, não faltou espaço para que grupos religiosos apresentassem suas questões no que tangem os direitos reprodutivos, liberdade de expressão, desenvolvimento econômico e social, gestão pública. Diante desse cenário, movimentos como a Renovação Carismática Católica viram nascer desde seu interior propostas de candidaturas com motivação sociorreligiosa. Esse posicionamento colocou, como poderemos ver, os carismáticos numa posição ambígua, a partir do momento em que produziam candidaturas a partir de um universo multiposicional. Diante disso, este artigo deseja sinalizar que a atividade política dos carismáticos é, antes de tudo, recheada de direções opostas e atravessadas que tentam se articular de alguma forma.
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