Summary: | RESUMO: Objetivou-se neste trabalho elaborar um modelo de histórico de enfermagem para ser utilizado em um ambulatório de saúde mental; descrever os pontos positivos e negativos da utilização deste modelo; e levantar os diagnósticos de enfermagem mais freqüentes num ambulatório de saúde mental em um município do interior paulista. O método utilizado foi a abordagem qualitativa, com algumas descrições quantitativas na análise da freqüência dos diagnósticos de enfermagem encontrados. A partir de um estudo bibliográfico estabeleceu-se um instrumento de coleta de dados (checklist) acerca do estado de saúde dos doentes mentais. Iniciou-se a coleta de dados através da consulta de enfermagem guiada por este instrumento, através de exames físico e psíquico, após anuência através da assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido. A apresentação e a discussão dos diagnósticos de enfermagem ocorreram de acordo com a freqüência com que apareceram durante a análise do estado de saúde dos doentes mentais, sendo que o critério de discussão desses diagnósticos de enfermagem foi o de se apresentarem com freqüência de 10 ou mais vezes nos históricos de enfermagem. Os diagnósticos de enfermagem mais freqüentes foram: Desesperança relacionada a estresse prolongado, caracterizada por indicações verbais (75,00%); Isolamento social relacionado a alterações no estado mental, caracterizado por expressões e sentimentos de rejeição (70,00%); e Comunicação verbal prejudicada relacionada a barreiras psicológicas, caracterizada por ausência de contato visual (65,00%). As experiências com a sistematização da assistência de enfermagem e o modelo de abordagem do doente mental baseado nos padrões de respostas humanas têm mostrado resultados positivos. Novos acréscimos ao instrumento utilizado na reabilitação psico-social promoverão maiores benefícios aos indivíduos abordados.
DESCRITORES: Enfermagem Psiquiátrica; Diagnóstico de Enfermagem; Saúde Mental.
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