Reformulando a violência política e efeitos na saúde mental: esboçando uma agenda de pesquisa e ação para a América Latina e região do Caribe
Em décadas recentes, o número de pessoas expostas a eventos traumáticos tem aumentado significativamente, bem como formas de violência como guerras e revoluções políticas, que subjugam populações civis em todo o mundo. Apesar da disseminação dos conflitos armados, guerrilhas e violência política na...
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Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
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doaj-fad8acec58d44ff5be4500c62e5948312020-11-25T03:50:02ZengAssociação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde ColetivaCiência & Saúde Coletiva1413-81231678-456111suppl11891198S1413-81232006000500009Reformulando a violência política e efeitos na saúde mental: esboçando uma agenda de pesquisa e ação para a América Latina e região do CaribeDuncan Pedersen0McGill UniversityEm décadas recentes, o número de pessoas expostas a eventos traumáticos tem aumentado significativamente, bem como formas de violência como guerras e revoluções políticas, que subjugam populações civis em todo o mundo. Apesar da disseminação dos conflitos armados, guerrilhas e violência política na América Latina e Caribe, atenção insuficiente tem sido dada para avaliar o impacto psicológico a médio e longo prazo e o peso das doenças, mortes, e invalidez provocadas pela violência e guerra contra populações civis. Algumas perguntas centrais são levantadas, a partir de revisão da literatura: qual o impacto na saúde da população, a curto, médio e longo prazo, por vivenciar violências extremas e continuadas? Como a violência política se relaciona com pobre saúde mental individual e coletiva? As desordens relacionadas aos traumas são conseqüências universais da violência extrema e continuada? Essas perguntas nos levam a reformular a análise da violência política e de suas conseqüências sobre a saúde mental e a reexaminar as noções de trauma e a agenda da pesquisa e ação para a região. Ao fim, são apresentados alguns princípios básicos que podem ser úteis ao se projetar intervenções psicosociais.http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232006000500009&lng=en&tlng=enviolência políticatrauma da guerrateptsaúde mentalamérica latina e caribe |
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Em décadas recentes, o número de pessoas expostas a eventos traumáticos tem aumentado significativamente, bem como formas de violência como guerras e revoluções políticas, que subjugam populações civis em todo o mundo. Apesar da disseminação dos conflitos armados, guerrilhas e violência política na América Latina e Caribe, atenção insuficiente tem sido dada para avaliar o impacto psicológico a médio e longo prazo e o peso das doenças, mortes, e invalidez provocadas pela violência e guerra contra populações civis. Algumas perguntas centrais são levantadas, a partir de revisão da literatura: qual o impacto na saúde da população, a curto, médio e longo prazo, por vivenciar violências extremas e continuadas? Como a violência política se relaciona com pobre saúde mental individual e coletiva? As desordens relacionadas aos traumas são conseqüências universais da violência extrema e continuada? Essas perguntas nos levam a reformular a análise da violência política e de suas conseqüências sobre a saúde mental e a reexaminar as noções de trauma e a agenda da pesquisa e ação para a região. Ao fim, são apresentados alguns princípios básicos que podem ser úteis ao se projetar intervenções psicosociais. |
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