O APARENTE PARADOXO DEMOCRÁTICO: REFLEXÕES ENTRE A LUCIDEZ E A CEGUEIRA DO ÓDIO À DEMOCRACIA.
Neste artigo propomo-nos discutir a polissemia da democracia, uma vez que a expressão tem sido utilizada indiscriminadamente para justificar argumentos e ações que, a princípio, não seriam do cerne democrático. Tomando como mote o “Ensaio sobre a Lucidez” de José Saramago (2005), levantamos a questã...
Main Authors: | , |
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Universidade Federal de Minas Gerais
2018-07-01
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Series: | Revista de Ciências do Estado |
Online Access: | https://seer.ufmg.br/index.php/revice/article/view/11679 |
Summary: | Neste artigo propomo-nos discutir a polissemia da democracia, uma vez que a expressão tem sido utilizada indiscriminadamente para justificar argumentos e ações que, a princípio, não seriam do cerne democrático. Tomando como mote o “Ensaio sobre a Lucidez” de José Saramago (2005), levantamos a questão do aparente paradoxo da democracia: bradada como o símbolo de soberania popular, esta soberania está longe de ser efetivada, servindo-se do regime político para poucos. A partir da apresentação da obra literária, é possível, primeiro, apresentar o argumento do paradoxo para, no segundo ponto, iluminar a reflexão demonstrando que este paradoxo é, na verdade, somente aparente, porque o que está em jogo não é a democracia em si, mas é o ódio a ela, conforme apresentado por Jacques Rancière (2014).
PALAVRAS-CHAVE: Democracia. Ensaio sobre a lucidez. Ódio à democracia. |
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ISSN: | 2595-6051 2525-8036 |