Nacionalismo musical: o samba como arma de combate ao fado no Brasil dos anos 1930
A exemplo do que acontecia em outros cantos do mundo, respirava-se, no Brasil da década de 1930, um clima saturado de nacionalismos de todas as espécies. O campo musical não se manteve alheio à emergência, à direita e à esquerda do espectro político da época, de tendências que concebiam o es...
Main Author: | |
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Editora da Universidade Federal de Uberlândia
2013-03-01
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Series: | ArtCultura |
Online Access: | http://www.seer.ufu.br/index.php/artcultura/article/view/22116 |
Summary: | A exemplo do que acontecia em outros
cantos do mundo, respirava-se, no
Brasil da década de 1930, um clima
saturado de nacionalismos de todas
as espécies. O campo musical não se
manteve alheio à emergência, à direita
e à esquerda do espectro político da
época, de tendências que concebiam
o estrangeiro como a encarnação do
mal. Nesse momento de afirmação do
samba como ícone musical da nacionalidade,
a música popular que aqui
se gravava incorporava especialmente
o fado, o tango e o fox-trot, que eram,
sem dúvida, os gêneros "estrangeiros"
mais em voga. Até meados dos
anos 1930 o fado encontrou no país
considerável ressonância, a ponto
de levar compositores como Orestes
Barbosa a investir contra ele, "coisa de
português", tomada como sinônimo de
atraso de vida. O samba, na contramão
desses ritmos tidos como alienígenas,
seria, acima de tudo, o escudo musical
protetor da nação contra a "conspurcação"
de seus costumes. |
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ISSN: | 1516-8603 2178-3845 |