O leitor como sujeito meditante: a maneira de demonstrar e o estilo de escrita das meditações metafísicas de René Descartes
Nas páginas finais das Segundas Respostas, Descartes fala sobre a maneira pela qual as teses apresentadas nas Meditações Metafísicas são demonstradas e sobre o estilo de escrita por ele adotado para esta obra. A maneira de demonstrar é a análise; o estilo de escrita é a meditação. A leitura das Medi...
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2020-10-01
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doaj-f9cfdff4d6cc4f6182a609ae5c2b60802020-11-25T03:44:32ZporUniversidade Federal do Recôncavo da BahiaGriot: Revista de Filosofia2178-10362178-10362020-10-0120329530710.31977/grirfi.v20i3.19121414O leitor como sujeito meditante: a maneira de demonstrar e o estilo de escrita das meditações metafísicas de René DescartesMarcos Alexandre Borges0https://orcid.org/0000-0001-5906-3530Universidade Estadual de Roraima (UERR)Nas páginas finais das Segundas Respostas, Descartes fala sobre a maneira pela qual as teses apresentadas nas Meditações Metafísicas são demonstradas e sobre o estilo de escrita por ele adotado para esta obra. A maneira de demonstrar é a análise; o estilo de escrita é a meditação. A leitura das Meditações depende, fundamentalmente, do entendimento sobre essas duas coisas, bem como sobre a relação existente entre elas. Com o presente artigo pretendemos, em primeiro lugar, analisar o modo como Descartes entende o método de análise e o significado de meditação; e, em seguida, compreender a maneira pela qual o método de análise e o exercício da meditação se articulam para constituir a via seguida nas Meditações Metafísicas. Considerando a análise como um método de resolução de problemas, bem como o significado do estilo de escrita meditativo nos tempos de Descartes, defendemos a tese de que que meditar, para Descartes, significa penetrar-se lentamente e com atenção nos problemas a partir dos quais as Meditações são desenvolvidas.https://www3.ufrb.edu.br/seer/index.php/griot/article/view/1912descartes; método; estilo; análise; meditação. |
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Nas páginas finais das Segundas Respostas, Descartes fala sobre a maneira pela qual as teses apresentadas nas Meditações Metafísicas são demonstradas e sobre o estilo de escrita por ele adotado para esta obra. A maneira de demonstrar é a análise; o estilo de escrita é a meditação. A leitura das Meditações depende, fundamentalmente, do entendimento sobre essas duas coisas, bem como sobre a relação existente entre elas. Com o presente artigo pretendemos, em primeiro lugar, analisar o modo como Descartes entende o método de análise e o significado de meditação; e, em seguida, compreender a maneira pela qual o método de análise e o exercício da meditação se articulam para constituir a via seguida nas Meditações Metafísicas. Considerando a análise como um método de resolução de problemas, bem como o significado do estilo de escrita meditativo nos tempos de Descartes, defendemos a tese de que que meditar, para Descartes, significa penetrar-se lentamente e com atenção nos problemas a partir dos quais as Meditações são desenvolvidas. |
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