Summary: | Para a visão econômica neoclássica, a tecnologia representa uma variável estática, posta à disposição das firmas no mercado; as firmas são agentes racionais dotados de postura previsível com o objetivo de maximizar lucros. Por dedução, o processo de inovação é uma atividade de alocação ótima de recursos. A elaboração da Teoria da Firma abre o caminho para abordagens mais amplas acerca do processo de inovação tecnológica na firma na Economia. Nessa perspectiva, a coordenação dos processos de alocação dos recursos é assimilada pela firma; o processo de inovação passa a ser considerado interno e dependente da firma. Assim, aspectos antes desconsiderados, como diversidade, rotinas organizacionais, capacidades tecnológicas, estratégia, esforços de inovação e, até mesmo, coordenação e gestão passam a integrar os debates. A firma passa a ser vista como um agente cujas competências e cujo domínio sobre a tecnologia, devidamente alinhados a uma estratégia específica, buscam estabelecer sua própria trajetória de evolução. Este estudo examina a evolução das perspectivas acerca de tecnologia e inovação na Economia, destacando a relevância da Teoria da Firma enquanto marco teórico propulsor da elaboração de perspectivas mais amplas acerca do processo de inovação tecnológica na firma.
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