Vidas e Política das Pessoas Pobres: as coisas que um etnógrafo político sabe (e não sabe) após 15 anos de trabalho de campo Poor people's lives and politics: the things a political ethnographer knows (and doesn't) after 15 years of fieldwork
Ao refletir sobre uma década e meia de trabalho etnográfico, este artigo examina as lições aprendidas na tentativa de esquadrinhar as dinâmicas políticas entre pobres do meio urbano. O texto inicia com uma análise das limitações do conceito de clientelismo político buscando entender o que de fato oc...
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Universidade Federal do Rio Grande do Sul
2011-12-01
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Series: | Sociologias |
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Ao refletir sobre uma década e meia de trabalho etnográfico, este artigo examina as lições aprendidas na tentativa de esquadrinhar as dinâmicas políticas entre pobres do meio urbano. O texto inicia com uma análise das limitações do conceito de clientelismo político buscando entender o que de fato ocorre quando votos são "trocados" por recursos. Segue examinando a relação recursiva entre patronagem e ação coletiva - dois fenômenos políticos geralmente vistos como mutuamente antagônicos. O artigo discorre então sobre a noção de "zona cinzenta" - como área de ligações clandestinas entre perpetradores de violência e autoridades políticas estabelecidas. O trabalho encerra com uma análise de dois temas que surpreendentemente têm estado ausentes na pesquisa sobre pobreza urbana - sofrimento ambiental e a política da espera.<br>Reflecting on a decade and a half of ethnographic fieldwork, this article examines the lessons learned while attempting to scrutinize the political dynamics among the urban poor. It begins with an analysis of the limitations of the concept of political clientelism to understand what really goes on when votes are "exchanged" for resources. It then studies the recursive relationship between patronage and collective action - two political phenomena typically seen as antagonistic to each other. The paper then elaborates on the notion of "the gray zone" - as the area of clandestine connections between perpetrators of violence and established political authorities. The article finishes with an examination of two themes that have been surprisingly absent in the research on the urban poor, environmental suffering and the politics of waiting. |
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