Fracionamento das refeições e colesterol sérico em mulheres com dieta adicionada de frutas ou fibras Meal frequency and serum cholesterol of women in a fruit-or-fiber supplemented diet
OBJETIVO: Estudos epidemiológicos têm mostrado uma relação inversa entre a freqüência habitual de refeições e colesterol total no sangue, sugerindo que o padrão alimentar pode modular esse lipídio. O objetivo desta pesquisa foi avaliar o efeito do fracionamento das refeições com a adição de frutas o...
Main Authors: | , |
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Pontifícia Universidade Católica de Campinas
2004-12-01
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Series: | Revista de Nutrição |
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Maria Conceição de Oliveira Rosely Sichieri |
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Maria Conceição de Oliveira Rosely Sichieri Fracionamento das refeições e colesterol sérico em mulheres com dieta adicionada de frutas ou fibras Meal frequency and serum cholesterol of women in a fruit-or-fiber supplemented diet Revista de Nutrição colesterol fracionamento de refeições mulheres dieta estudos epidemiológicos cholesterol meal frequency women diet epidemiologic studies |
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1415-5273 1678-9865 |
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2004-12-01 |
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OBJETIVO: Estudos epidemiológicos têm mostrado uma relação inversa entre a freqüência habitual de refeições e colesterol total no sangue, sugerindo que o padrão alimentar pode modular esse lipídio. O objetivo desta pesquisa foi avaliar o efeito do fracionamento das refeições com a adição de frutas ou fibra sobre o colesterol sérico, utilizando o banco de dados de um ensaio clínico. MÉTODOS: Testou-se o efeito da adição de frutas ou fibras na dieta de 49 mulheres com excesso de peso (IMC>25kg/m²), não fumantes, na faixa etária de 30 a 50 anos, e com colesterol sérico maior ou igual a 240mg/dL. As mulheres, alocadas randomicamente, receberam maçã (300g), pêra (300g), ou biscoitos de aveia (60g) com igual teor de fibra, por dez semanas. No início do estudo, a freqüência de refeições foi de 3,8±1,1 e, no transcorrer do estudo, aumentou-se o número de refeições diárias para cinco. Foi então avaliada a variação no colesterol sérico segundo modificação no número de refeições diárias, calculada pela diferença entre o número de refeições no início do estudo e o número de refeições na 14ª semana de intervenção. Este aumento de refeições foi categorizado em: uma, duas, três ou mais refeições diárias. RESULTADOS: Após 14 semanas de seguimento, observou-se que houve redução de 12,6mg/dL, p<0,04 e 17,4mg/dL, p<0,03, respectivamente, no colesterol total e no LDL-C sérico das participantes que relataram aumento médio de três ou mais refeições diárias. Quando o modelo foi ajustado para idade, peso corporal e tipo de alimento adicionado à dieta (maçã, pêra ou aveia), as reduções foram menores (11,5mg/dL, p<0,04; 17,3, p<0,04); entretanto, a diferença continuou estatisticamente significante para as participantes que reportaram aumento médio de três ou mais refeições. O nível de HDL-C não mostrou alteração antes e após ajuste. CONCLUSÃO: O fracionamento das refeições reduziu o colesterol total e LDL-C sérico em mulheres hipercolesterolêmicas, independente da idade, peso corporal e tipo de alimento ingerido, frutas ou fibras, sugerindo que o número de seis refeições diárias poderia ser uma medida de prevenção e controle da hipercolesterolemia.<br>OBJECTIVE: Epidemiological studies have shown an inverse relationship between people's habitual eating frequency and blood total cholesterol, leading to the suggestion that, a frequency increase in meal pattern may help to reduce the amount of such lipids. The objective was to examine data collected during a clinical trial, in order to evaluate the effects of increased meal frequency on serum cholesterol of women, who had their usual diet supplemented with either fruits or fiber. METHODS: Forty nine hypercholesterolemic women (BMI>25kg/m²) non-smokers, ages ranging from 30 to 50 years old, and cholesterol level greater than 240 mg/dL, had been tested on their usual diet supplemented with fruits or fiber, during 10 weeks. These women had been randomly assigned to add to their usual diet, either three apples (300g) or three pears (300g), or three oat-cookies (60g), all with similar fiber quantity. At baseline, the meal frequency has been 3.8±1.1; in the follow-up, the meal frequency increased to five meals per day. The registered mean of serum cholesterol was then evaluated, taking into account the change in frequency/number of meals per day, such as one, two, three or more meals. RESULTS: After 14 weeks of follow-up, serum total cholesterol and LDL-C, each showed a reduction of 12.6mg/dL, p<0.04 and 17.42mg/dL, p<0.03, respectively, among participants reporting an increase of three or more meals per day. When the resulting model was adjusted for age, body weight, and type of food (fruit or fiber) added to diet, the values of total cholesterol and LDL-C changed to 11.5mg/dL, p<0.04; 17.3, p<0.04 respectively; however, the difference remained statistically significant for the participants that reported average increase of three or more meals. On the other hand, the HDL-C did not show any change before or after adjusting for age, body weight and type of food added to usual diet. CONCLUSION: The increased number of meals reduced serum cholesterol, independently of age, body weight, and type of added food (fruits or fiber), suggesting that six meals per day may prevent and/or control hipercholesterolemia. |
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doaj-f89a9dfdcc5043ff963fcd66aa27064c2020-11-25T00:37:00ZengPontifícia Universidade Católica de CampinasRevista de Nutrição1415-52731678-98652004-12-0117444945910.1590/S1415-52732004000400005Fracionamento das refeições e colesterol sérico em mulheres com dieta adicionada de frutas ou fibras Meal frequency and serum cholesterol of women in a fruit-or-fiber supplemented dietMaria Conceição de OliveiraRosely SichieriOBJETIVO: Estudos epidemiológicos têm mostrado uma relação inversa entre a freqüência habitual de refeições e colesterol total no sangue, sugerindo que o padrão alimentar pode modular esse lipídio. O objetivo desta pesquisa foi avaliar o efeito do fracionamento das refeições com a adição de frutas ou fibra sobre o colesterol sérico, utilizando o banco de dados de um ensaio clínico. MÉTODOS: Testou-se o efeito da adição de frutas ou fibras na dieta de 49 mulheres com excesso de peso (IMC>25kg/m²), não fumantes, na faixa etária de 30 a 50 anos, e com colesterol sérico maior ou igual a 240mg/dL. As mulheres, alocadas randomicamente, receberam maçã (300g), pêra (300g), ou biscoitos de aveia (60g) com igual teor de fibra, por dez semanas. No início do estudo, a freqüência de refeições foi de 3,8±1,1 e, no transcorrer do estudo, aumentou-se o número de refeições diárias para cinco. Foi então avaliada a variação no colesterol sérico segundo modificação no número de refeições diárias, calculada pela diferença entre o número de refeições no início do estudo e o número de refeições na 14ª semana de intervenção. Este aumento de refeições foi categorizado em: uma, duas, três ou mais refeições diárias. RESULTADOS: Após 14 semanas de seguimento, observou-se que houve redução de 12,6mg/dL, p<0,04 e 17,4mg/dL, p<0,03, respectivamente, no colesterol total e no LDL-C sérico das participantes que relataram aumento médio de três ou mais refeições diárias. Quando o modelo foi ajustado para idade, peso corporal e tipo de alimento adicionado à dieta (maçã, pêra ou aveia), as reduções foram menores (11,5mg/dL, p<0,04; 17,3, p<0,04); entretanto, a diferença continuou estatisticamente significante para as participantes que reportaram aumento médio de três ou mais refeições. O nível de HDL-C não mostrou alteração antes e após ajuste. CONCLUSÃO: O fracionamento das refeições reduziu o colesterol total e LDL-C sérico em mulheres hipercolesterolêmicas, independente da idade, peso corporal e tipo de alimento ingerido, frutas ou fibras, sugerindo que o número de seis refeições diárias poderia ser uma medida de prevenção e controle da hipercolesterolemia.<br>OBJECTIVE: Epidemiological studies have shown an inverse relationship between people's habitual eating frequency and blood total cholesterol, leading to the suggestion that, a frequency increase in meal pattern may help to reduce the amount of such lipids. The objective was to examine data collected during a clinical trial, in order to evaluate the effects of increased meal frequency on serum cholesterol of women, who had their usual diet supplemented with either fruits or fiber. METHODS: Forty nine hypercholesterolemic women (BMI>25kg/m²) non-smokers, ages ranging from 30 to 50 years old, and cholesterol level greater than 240 mg/dL, had been tested on their usual diet supplemented with fruits or fiber, during 10 weeks. These women had been randomly assigned to add to their usual diet, either three apples (300g) or three pears (300g), or three oat-cookies (60g), all with similar fiber quantity. At baseline, the meal frequency has been 3.8±1.1; in the follow-up, the meal frequency increased to five meals per day. The registered mean of serum cholesterol was then evaluated, taking into account the change in frequency/number of meals per day, such as one, two, three or more meals. RESULTS: After 14 weeks of follow-up, serum total cholesterol and LDL-C, each showed a reduction of 12.6mg/dL, p<0.04 and 17.42mg/dL, p<0.03, respectively, among participants reporting an increase of three or more meals per day. When the resulting model was adjusted for age, body weight, and type of food (fruit or fiber) added to diet, the values of total cholesterol and LDL-C changed to 11.5mg/dL, p<0.04; 17.3, p<0.04 respectively; however, the difference remained statistically significant for the participants that reported average increase of three or more meals. On the other hand, the HDL-C did not show any change before or after adjusting for age, body weight and type of food added to usual diet. CONCLUSION: The increased number of meals reduced serum cholesterol, independently of age, body weight, and type of added food (fruits or fiber), suggesting that six meals per day may prevent and/or control hipercholesterolemia.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732004000400005colesterolfracionamento de refeiçõesmulheresdietaestudos epidemiológicoscholesterolmeal frequencywomendietepidemiologic studies |