Co-ontogenia: Humano e não-humano no espaço da linguagem
A linguagem tem sido estudada, desde meados do século passado, em seus aspectos biológicos e cognitivos, sempre no contexto de uma biologia e de uma cognição especificamente humanas. Ainda assim, há aspectos do viver e do conhecer que remetem ao seres vivos em geral, e não apenas aos humanos,...
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Antropólogos Iberoamericanos en Red
2011-05-01
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Series: | Antropólogos Iberoamericanos en Red |
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doaj-f81c008a6ea2465e939e9222977c6e5f2020-11-24T20:45:40ZspaAntropólogos Iberoamericanos en RedAntropólogos Iberoamericanos en Red1695-97521578-97052011-05-01060213515710.11156/aibr.060202pCo-ontogenia: Humano e não-humano no espaço da linguagemBeto Vianna0Universidad Federal de Minas GeraisA linguagem tem sido estudada, desde meados do século passado, em seus aspectos biológicos e cognitivos, sempre no contexto de uma biologia e de uma cognição especificamente humanas. Ainda assim, há aspectos do viver e do conhecer que remetem ao seres vivos em geral, e não apenas aos humanos, e que são cruciais para se falar nos processos gerativos da linguagem, ou seja, os relacionamentos recorrentes e recursivos entre dois ou mais organismos (co-ontogenia) que estabelecem vivências partilhadas entre esses organismos. Para falar sobre esses aspectos é preciso superar o discurso estritamente objetivista da ciência e atentar para o papel que nós, investigadores e leitores de trabalhos acadêmicos, exercemos ao descrever comportamentos lingüísticos. Utilizando o caminho explicativo de determinadas teorias sistêmicas e relatos de meu contato com grandes símios não-humanos na Alemanha, argumento que o viver e o conhecer de organismos humanos e não-humanos, e o nosso viver e conhecer enquanto observadores desses organismos, são igualmente instrumentais na explicação das relações co-ontogênicas recorrentes e do fenômeno a que chamamos linguagem. http://www.aibr.org/antropologia/06v02/articulos/060201b.pdflinguagemcogniçãoco-ontogeniagrandes símiosbiologia do conhecer |
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remetem ao seres vivos em geral, e não apenas aos humanos, e que são cruciais para
se falar nos processos gerativos da linguagem, ou seja, os relacionamentos recorrentes e recursivos entre dois ou mais organismos (co-ontogenia) que estabelecem
vivências partilhadas entre esses organismos. Para falar sobre esses aspectos é preciso superar o discurso estritamente objetivista da ciência e atentar para o papel
que nós, investigadores e leitores de trabalhos acadêmicos, exercemos ao descrever
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