Influência do clima como desencadeante de crises de enxaqueca: estudo prospectivo

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Enxaqueca é uma cefaleia primária altamente prevalente, afetando a qualidade de vida dos pacientes. Pode começar na infância ou adolescência e acompanhar o paciente por toda a sua vida. Os fatores desencadeantes das crises de enxaqueca, quando identificados, podem auxiliar...

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Bibliographic Details
Main Authors: Mayra Souza Campana, Barbara Scarpim Molina, Diogo Molina Troiano Neto, Vitor Waisman, Yára Dadalti Fragoso
Format: Article
Language:English
Published: Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor
Series:Revista Dor
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-00132012000100003&lng=en&tlng=en
Description
Summary:JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Enxaqueca é uma cefaleia primária altamente prevalente, afetando a qualidade de vida dos pacientes. Pode começar na infância ou adolescência e acompanhar o paciente por toda a sua vida. Os fatores desencadeantes das crises de enxaqueca, quando identificados, podem auxiliar o paciente a lidar com os estímulos externos e levar ao tratamento mais eficaz. O objetivo deste estudo foi observar se as alterações climáticas da região podem ser um potencial fator desencadeante de crises de enxaqueca. MÉTODO: Estudo prospectivo incluindo 60 pacientes que apresentam enxaqueca e moram na cidade de Santos, SP, Brasil. Os participantes foram selecionados de acordo com os critérios diagnósticos de enxaqueca da International Headache Society. Os dados dos diários de cefaleia foram correlacionados com as informações fornecidas pelo Climatempo Santos. RESULTADOS: Quarenta e nove diários de cefaleia abrangendo 104 dias de avaliação prospectiva foram devolvidos e analisados. Durante os 104 dias de estudo, foram registradas crises de enxaqueca em 96 dias (92,3%). Em 51 dias 10% ou mais dos participantes (> 5) apresentaram crises de enxaqueca, enquanto em sete dias 20% ou mais dos participantes (> 10) tiveram crise de enxaqueca. A umidade do ar foi praticamente 50% menor na véspera dos dias de maior incidência de crises de enxaqueca (p < 0,001), quando também se observou menor pressão relativa do ar (p = 0,01). CONCLUSÃO: Foi observada correlação entre a baixa pressão atmosférica e a baixa umidade do ar com a prevalência de crises de enxaqueca no dia seguinte.
ISSN:1806-0013
2317-6393