Relação homem-animal durante procedimento clínico cirúrgico e pós-operatório em bezerro Holandês Preto e Branco acometido por atresia anal: Relato de Caso

• Main Authors: Jackson Barros do Amaral, Guilherme Trevisan
• Format: Article
• Language: Portuguese
• Published: Editora MV Valero 2018-04-01
• Series: Pubvet
• Subjects: anomalia anorretal; bem-estar; bovino; cirurgia; malformação congênita
• Online Access: http://www.pubvet.com.br/artigo/4527/relaccedilatildeo-homem-animal-durante-procedimento-cliacutenico-ciruacutergico-e-poacutes-operatoacuterio-em-bezerro-holandecircs-preto-e-branco-acometido-por-atresia-anal-relato-de-caso

Este relato tem o objetivo de descrever a relação homem-animal durante tratamento clínico-cirúrgico e pós-operatório em bezerro holandês acometido por atresia anal e seus possíveis efeitos no bem-estar e no ganho de peso. Atresia anal é uma malformação congênita com oclusões no reto e ânus que ocorre nos animais e no homem. O bem-estar de animais afetados por dor e sofrimento no pós-operatório pode ser influenciado pela relação homem-animal. O animal nasceu em 2016 e após 48 horas constatou-se atresia anal ocasionando dor e sofrimento. Realizou-se cirurgia de emergência com sedação, anestesia local e epidural. A avaliação do bem-estar foi realizada pelos indicadores clínicos, comportamentais, fisiológicos e ganho de peso. No pós-operatório administrou-se antibiótico, anti-inflamatório e polivitamínicos. Após cirurgia observou-se eliminação de gases e mecônio, seguindo com evacuações normais até a alta. A ferida cirúrgica apresentou-se boas condições, no entanto, as fezes apresentavam estrias de sangue, fibrina e tenesmo retal. O animal normalizou o apetite e apresentou-se ativo e com vigor ao término da cirurgia, explorou o ambiente e utilizou a cama macia nos momentos de descanso e vocalizava antes do aleitamento. Disponibilizou-se feno picado e ração, o que favoreceu alteração na consistência das fezes passando de semipastosa para pastosa. No pós-operatório estabeleceu-se interação homem-animal onde foi possível notar contatos positivos como deixar-se afagar, deixar sugar os dedos, roçar em humanos, evidenciando comportamentos lúdicos como perseguições, brincar, correr, manipulações com objetivos, coices no ar e cabecear. Os indicadores fisiológicos foram normalizados. O ganho de peso foi de 11 kg em 25 dias. Conclui-se que durante os primeiros 30 dias o tratamento clínico cirúrgico e pós-operatório o animal apresentou boa evolução clínica e que os cuidados humanitários com ações “positivas” na relação homem-animal influenciaram no bem-estar e no ganho de peso.