Estudando práticas Quilombolas de resistência no instagram
Este artigo analisa a forma como as práticas semióticas e as subjetividades são performadas na mídia social Instagram por Djankaw, uma quilombola negra e trans. O objetivo do artigo é observar como, através das postagens de Djankaw, sua subjetividade é performada online, focando nas interseções de...
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Universidade Estadual de Campinas
2020-12-01
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Series: | Trabalhos em Linguística Aplicada |
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doaj-f6bae63d6afe44dd8fb2e5e9ea916e702021-06-21T14:19:25ZengUniversidade Estadual de CampinasTrabalhos em Linguística Aplicada2175-764X2020-12-01593Estudando práticas Quilombolas de resistência no instagramDjankaw Matheus de Lima Marques0Mabia Camargo1Universidade Centro de Ensino Superior de MaringáUniversidade Estadual do Centro-Oeste Este artigo analisa a forma como as práticas semióticas e as subjetividades são performadas na mídia social Instagram por Djankaw, uma quilombola negra e trans. O objetivo do artigo é observar como, através das postagens de Djankaw, sua subjetividade é performada online, focando nas interseções de raça, classe, etnia e sexualidade por elx produzidas. A comunidade onde Djankaw vive luta contra muitas dificuldades, haja vista que seu território tem sido disputado no tribunal com os latifundiários suábios e o negócio capitalista de monocultura que eles praticam. Somente após intensas batalhas legais que parte das terras ancestrais dos quilombolas lhes foi restituída. Mantendo essas disputas jurídicas em nossa atenção, voltamo-nos às performances de Djankaw na internet e às formas como essas performances instigam um debate produtivo sobre a identidade Afro-brasileira ‘quilombola’ e ressoam com as lutas dos grupos marginalizados pela ocupação de diversos tempo-espaços no interior do Brasil. As postagens de Djankaw e suas práticas corpóreas operam como sítios propícios ao questionamento sobre o que significa ser negrx, trans e quilombola. A complexidade das posições de sujeito de Djankaw é aumentada por sua conexão com diferentes religiões; elx incorpora diferentes práticas espirituais que também orquestram discussões sobre raça, sexualidade e gênero. Quando Djankaw performa suas subjetividades na internet, elx mobiliza e reconfigura essas marcas sociais ao mesmo tempo em que se engaja em práticas semióticas de resistência contra o apagamento histórico das culturas quilombolas e luta por espaço nas redes sociais. https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tla/article/view/8661235Mídias sociaisPráticas multissemióticasInterseccionalidadeResistência |
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Djankaw Matheus de Lima Marques Mabia Camargo |
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Este artigo analisa a forma como as práticas semióticas e as subjetividades são performadas na mídia social Instagram por Djankaw, uma quilombola negra e trans. O objetivo do artigo é observar como, através das postagens de Djankaw, sua subjetividade é performada online, focando nas interseções de raça, classe, etnia e sexualidade por elx produzidas. A comunidade onde Djankaw vive luta contra muitas dificuldades, haja vista que seu território tem sido disputado no tribunal com os latifundiários suábios e o negócio capitalista de monocultura que eles praticam. Somente após intensas batalhas legais que parte das terras ancestrais dos quilombolas lhes foi restituída. Mantendo essas disputas jurídicas em nossa atenção, voltamo-nos às performances de Djankaw na internet e às formas como essas performances instigam um debate produtivo sobre a identidade Afro-brasileira ‘quilombola’ e ressoam com as lutas dos grupos marginalizados pela ocupação de diversos tempo-espaços no interior do Brasil. As postagens de Djankaw e suas práticas corpóreas operam como sítios propícios ao questionamento sobre o que significa ser negrx, trans e quilombola. A complexidade das posições de sujeito de Djankaw é aumentada por sua conexão com diferentes religiões; elx incorpora diferentes práticas espirituais que também orquestram discussões sobre raça, sexualidade e gênero. Quando Djankaw performa suas subjetividades na internet, elx mobiliza e reconfigura essas marcas sociais ao mesmo tempo em que se engaja em práticas semióticas de resistência contra o apagamento histórico das culturas quilombolas e luta por espaço nas redes sociais.
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