Summary: | Resumo Por meio da análise fílmica e da documentação referente à recepção de Macunaíma (Joaquim Pedro de Andrade, 1969) e de Tenda dos Milagres (Nelson Pereira dos Santos, 1976), avaliaremos como o debate sobre raça e etnicidade foi articulado no campo do cinema brasileiro por seus intelectuais após o golpe civil-militar de 1964. Partindo de uma pesquisa bibliográfica inicial sobre o tema, elegemos como foco a apropriação das conquistas estéticas da Tropicália pelos intelectuais ligados ao cinema brasileiro. O objetivo de reunir filmes não tão próximos no mesmo artigo é avaliar o efeito temporal sobre o papel dos intelectuais na transformação do debate sobre raça e etnicidade no campo do cinema brasileiro. Desse modo, enquanto Macunaíma fez parte do "momento tropicália", Tenda dos Milagres aproveitou os ganhos estéticos do movimento, ressoando posteriormente a guinada no papel dos intelectuais no campo do cinema brasileiro.
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