O MÉTODO EM PESTALOZZI: A MATEMÁTICA COMO CAMINHO PARA A VERDADE
Johann Heinrich Pestalozzi (1746-1827), pai da pedagogia moderna, “educador bastante comentado e usado, mas pouco lido”, nas palavras de Michel Soëtard (SOËTARD, 1985), dedicou sua vida “à busca da verdade para o povo” (PESTALOZZI, 1994). Uma procura que passava necessariamente pela educação e o ens...
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SBHMat
2016-05-01
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Series: | Revista de História da Educação Matemática |
Online Access: | http://www.histemat.com.br/index.php/HISTEMAT/article/view/55 |
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doaj-f5f731c01fe8490ba948bd8b2b1a4edd2021-03-23T01:04:57ZporSBHMatRevista de História da Educação Matemática2447-64472016-05-0121O MÉTODO EM PESTALOZZI: A MATEMÁTICA COMO CAMINHO PARA A VERDADEPeri Mesquida0Pontifícia Universidade Católica do ParanáJohann Heinrich Pestalozzi (1746-1827), pai da pedagogia moderna, “educador bastante comentado e usado, mas pouco lido”, nas palavras de Michel Soëtard (SOËTARD, 1985), dedicou sua vida “à busca da verdade para o povo” (PESTALOZZI, 1994). Uma procura que passava necessariamente pela educação e o ensino da criança vista como um ser integral. Daí sua famosa formula: “cabeça, coração, mão”, concebida não somente como um slogan, mas, particularmente, como a concepção de uma educação global. Mas, como chegar à verdade pela educação e o ensino? Como educar e ensinar a criança “devolvendo-a a si mesma”? Qual o método a ser utilizado nesta tarefa? Os cinco volumes dos seus Escritos sobre o Método, traduzidos para o francês, têm como objetivo responder a essas três perguntas. Desde a primeira tentativa de esclarecer o Método pestalozziano feita por Marc Antoine JULLIEN, com a sua obra Esprit de la Méthode d’Éducation de Pestalozzi (1812), passando por Daniel Alexandre CHAVANNES e o seu Méthode élémentaire de H. Pestalozzi (1819), até chegarmos a Michel SOËTARD (1994) e Daniel THRÖLER (2008), muitas concepções do Método foram discutidas e defendidas sem que os autores chegassem a um acordo. No entanto, neste texto procuraremos oferecer uma reflexão sobre o tema, a partir da leitura e análise dos textos de Pestalozzi traduzidos para o francês, defendendo a tese de que Pestalozzi se apropriou do Método indutivo, a partir de Locke e Comenios, protestantes como ele, tendo como recursos metodológicos para chegar à Verdade, pela educação e o ensino, basicamente a geometria e a matemática, tidas por ele como expressões de exatidão e, portanto, verdadeiras, aproximando e identificando verdade e exatidão. http://www.histemat.com.br/index.php/HISTEMAT/article/view/55 |
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Johann Heinrich Pestalozzi (1746-1827), pai da pedagogia moderna, “educador bastante comentado e usado, mas pouco lido”, nas palavras de Michel Soëtard (SOËTARD, 1985), dedicou sua vida “à busca da verdade para o povo” (PESTALOZZI, 1994). Uma procura que passava necessariamente pela educação e o ensino da criança vista como um ser integral. Daí sua famosa formula: “cabeça, coração, mão”, concebida não somente como um slogan, mas, particularmente, como a concepção de uma educação global. Mas, como chegar à verdade pela educação e o ensino? Como educar e ensinar a criança “devolvendo-a a si mesma”? Qual o método a ser utilizado nesta tarefa? Os cinco volumes dos seus Escritos sobre o Método, traduzidos para o francês, têm como objetivo responder a essas três perguntas. Desde a primeira tentativa de esclarecer o Método pestalozziano feita por Marc Antoine JULLIEN, com a sua obra Esprit de la Méthode d’Éducation de Pestalozzi (1812), passando por Daniel Alexandre CHAVANNES e o seu Méthode élémentaire de H. Pestalozzi (1819), até chegarmos a Michel SOËTARD (1994) e Daniel THRÖLER (2008), muitas concepções do Método foram discutidas e defendidas sem que os autores chegassem a um acordo. No entanto, neste texto procuraremos oferecer uma reflexão sobre o tema, a partir da leitura e análise dos textos de Pestalozzi traduzidos para o francês, defendendo a tese de que Pestalozzi se apropriou do Método indutivo, a partir de Locke e Comenios, protestantes como ele, tendo como recursos metodológicos para chegar à Verdade, pela educação e o ensino, basicamente a geometria e a matemática, tidas por ele como expressões de exatidão e, portanto, verdadeiras, aproximando e identificando verdade e exatidão.
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