| Summary: | O presente artigo se propõe a discutir sobre os desafios encontrados por acadêmicos (as) homoafetivos (as) ao se expressarem afetivamente no espaço universitário. Foi elaborado a partir de uma pesquisa realizada em 2015, com participação voluntária de 15 estudantes homoafetivos da PUC Minas, com idade entre 18 e 24 anos, de ambos os sexos. A construção do artigo teve como base a abordagem sócio-histórica, que compreende o sujeito como constructo que emerge da constante relação com o contexto sócio-cultural em que está inserido. Optou-se pelo modelo qualitativo de pesquisa, onde o pesquisador é uma parte integrante do processo investigativo. O registro das entrevistas deu-se mediante gravação de áudio e transcrições posteriores, adotando a técnica de análise de conteúdo temática para interpretação dos dados. Os resultados apontam que os principais desafios para expressões homoafetivas no espaço público e universitário estão ligados a intolerância da sociedade ao presenciarem manifestações de afeto entre pessoas do mesmo sexo, o medo de agressões físicas, e também a falta de reconhecimento e aceitação perante a família. Ficou evidenciada a necessidade de promover discussões e reflexões sobre as diferentes formas de amar, bem como as possibilidades de superação dos atuais padrões sociais e sexuais na direção de novas estéticas da existência.
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