As intermitências da vida: a morte e o violoncelista
<p>Este trabalho analisa As intermitências da morte, de José Saramago (2005), um romance que representa a morte como personagem em crise: que deixa de matar, que se metamorfoseia por amor e que passa a dormir – ela que nunca dormia. O dialogismo com o filósofo Pascal anuncia uma visão pessimis...
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Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
2008-12-01
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doaj-f538511aaabc47348d22d714cf8d48002021-02-02T00:11:13ZporPontifícia Universidade Católica de Minas GeraisScripta1516-40392358-34282008-12-01122367833092As intermitências da vida: a morte e o violoncelistaAugusto Rodrigues da Silva Júnior<p>Este trabalho analisa As intermitências da morte, de José Saramago (2005), um romance que representa a morte como personagem em crise: que deixa de matar, que se metamorfoseia por amor e que passa a dormir – ela que nunca dormia. O dialogismo com o filósofo Pascal anuncia uma visão pessimista, mas uma aproximação com o crítico Terry Eagleton demonstra que o livro português é um convite para entender a realidade por meio do trespasse e do nãoser. Assim, podem-se avaliar as condições históricas e existenciais de nossa época e uma escrita da morte que lembra que só podemos viver conscientes de nossa condição efêmera. Essa tanatografia é uma forma de burlar aquilo que é interdito pelo silêncio. Depois do último ato encenam-se discursivamente a volatilidade do ser, as transformações de nossa época e o parco tempo das ações humanas precipitando-se no átimo de uma vida.</p><p><br />Palavras-Chave: Morte; Literatura; Saramago; Representação; Tanatografia.</p>http://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/4413 |
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<p>Este trabalho analisa As intermitências da morte, de José Saramago (2005), um romance que representa a morte como personagem em crise: que deixa de matar, que se metamorfoseia por amor e que passa a dormir – ela que nunca dormia. O dialogismo com o filósofo Pascal anuncia uma visão pessimista, mas uma aproximação com o crítico Terry Eagleton demonstra que o livro português é um convite para entender a realidade por meio do trespasse e do nãoser. Assim, podem-se avaliar as condições históricas e existenciais de nossa época e uma escrita da morte que lembra que só podemos viver conscientes de nossa condição efêmera. Essa tanatografia é uma forma de burlar aquilo que é interdito pelo silêncio. Depois do último ato encenam-se discursivamente a volatilidade do ser, as transformações de nossa época e o parco tempo das ações humanas precipitando-se no átimo de uma vida.</p><p><br />Palavras-Chave: Morte; Literatura; Saramago; Representação; Tanatografia.</p> |
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