Segurança e eficácia da angioplastia pulmonar por balão em Portugal num centro de referência em hipertensão pulmonar

Resumo: Introdução: A angioplastia pulmonar por balão (BPA) constitui uma alternativa terapêutica na hipertensão pulmonar tromboembólica crónica (HPTEC) inoperável ou hipertensão pulmonar (HP) residual/recorrente após cirurgia. O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia e segurança a curto praz...

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Bibliographic Details
Main Authors: Rita Calé, Filipa Ferreira, Ana Rita Pereira, Débora Repolho, Daniel Sebaiti, Sofia Alegria, Sílvia Vitorino, Pedro Santos, Hélder Pereira, Philippe Brenot, Maria José Loureiro
Format: Article
Language:English
Published: Elsevier 2021-10-01
Series:Revista Portuguesa de Cardiologia
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Online Access:http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0870255121001943
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Chronic thromboembolic pulmonary hypertension
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description Resumo: Introdução: A angioplastia pulmonar por balão (BPA) constitui uma alternativa terapêutica na hipertensão pulmonar tromboembólica crónica (HPTEC) inoperável ou hipertensão pulmonar (HP) residual/recorrente após cirurgia. O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia e segurança a curto prazo do programa de BPA. Métodos: Estudo prospetivo em centro único, que incluiu todas as sessões de BPA em doentes com HPTEC entre 2017 a 2019. Realizou‐se avaliação da classe funcional da OMS, biomarcadores plasmáticos, teste de marcha de 6 minutos (TM6 M) e cateterismo cardíaco direito no início e seis meses após a última sessão. Resultados: Foram realizadas 57 sessões de BPA em 11 doentes com HPTEC (64% doença inoperável, 82% sob terapêutica vasodilatadora pulmonar). O programa de BPA foi concluído com um seguimento mínimo de seis meses em nove doentes. Houve uma melhoria significativa na classe funcional OMS (p = 0,004), no TM6 M (aumento médio de 42 metros; p = 0,050) e uma tendência para melhoria hemodinâmica significativa: queda de 25% na pressão da artéria pulmonar média (PAPm; p = 0,082) e 42% na resistência vascular pulmonar (RVP; p = 0,056). No subgrupo de doentes que apresentavam critérios hemodinâmicos de gravidade (três doentes com PAPm > 40 mmHg), a redução foi significativa: 51% na PAPm (p = 0,013) e 67% na RVP (p = 0,050). Foram suspensos os análogos da prostaciclina e a oxigenoterapia de longa duração em todos os doentes. Foram registadas complicações minor em 25%. Não foram registadas complicações major ou mortes. Conclusões: Uma estratégia de BPA em doentes sob terapêutica vasodilatadora pulmonar melhora os sintomas, a capacidade de exercício e a hemodinâmica com uma relação risco‐benefício aceitável em doentes com HPTEC inoperável ou HP residual/recorrente após cirurgia. Abstract: Introduction: Balloon pulmonary angioplasty (BPA) is an alternative therapy in patients with inoperable chronic thromboembolic pulmonary hypertension (CTEPH) or residual/recurrent pulmonary hypertension (PH) after surgery. The aim of this study was to assess the short‐term efficacy and safety of a BPA program. Methods: This prospective single‐center study included all BPA sessions performed in CTEPH patients between 2017 and 2019. Clinical assessment including WHO functional class, plasma biomarkers, 6‐min walk test (6MWT) and right heart catheterization was performed at baseline and six months after the last BPA session. Results: A total of 57 BPA sessions were performed in 11 CTEPH patients (64% with inoperable disease, 82% under pulmonary vasodilator therapy). Nine patients completed both the BPA program and a minimum six‐month follow‐up period. There were significant improvements in WHO functional class (p=0.004) and 6MWT (mean increase of 42 m; p=0.050) and a trend for significant hemodynamic improvement: 25% decrease in mean pulmonary artery pressure (mPAP) (p=0.082) and 42% decrease in pulmonary vascular resistance (PVR) (p=0.056). In the group of patients with severely impaired hemodynamics (three patients with mPAP >40 mmHg), the reduction was significant: 51% in mPAP (p=0.013) and 67% in PVR (p=0.050). Prostacyclin analogs and long‐term oxygen therapy were withdrawn in all patients. Minor complications were recorded in 25% of patients. There were no major complications or deaths. Conclusions: A BPA strategy on top of pulmonary vasodilator therapy further improves symptoms, exercise capacity and hemodynamics with an acceptable risk‐benefit ratio in patients with inoperable CTEPH or residual/recurrent PH after surgery.
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O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia e segurança a curto prazo do programa de BPA. Métodos: Estudo prospetivo em centro único, que incluiu todas as sessões de BPA em doentes com HPTEC entre 2017 a 2019. Realizou‐se avaliação da classe funcional da OMS, biomarcadores plasmáticos, teste de marcha de 6 minutos (TM6 M) e cateterismo cardíaco direito no início e seis meses após a última sessão. Resultados: Foram realizadas 57 sessões de BPA em 11 doentes com HPTEC (64% doença inoperável, 82% sob terapêutica vasodilatadora pulmonar). O programa de BPA foi concluído com um seguimento mínimo de seis meses em nove doentes. Houve uma melhoria significativa na classe funcional OMS (p = 0,004), no TM6 M (aumento médio de 42 metros; p = 0,050) e uma tendência para melhoria hemodinâmica significativa: queda de 25% na pressão da artéria pulmonar média (PAPm; p = 0,082) e 42% na resistência vascular pulmonar (RVP; p = 0,056). No subgrupo de doentes que apresentavam critérios hemodinâmicos de gravidade (três doentes com PAPm > 40 mmHg), a redução foi significativa: 51% na PAPm (p = 0,013) e 67% na RVP (p = 0,050). Foram suspensos os análogos da prostaciclina e a oxigenoterapia de longa duração em todos os doentes. Foram registadas complicações minor em 25%. Não foram registadas complicações major ou mortes. Conclusões: Uma estratégia de BPA em doentes sob terapêutica vasodilatadora pulmonar melhora os sintomas, a capacidade de exercício e a hemodinâmica com uma relação risco‐benefício aceitável em doentes com HPTEC inoperável ou HP residual/recorrente após cirurgia. Abstract: Introduction: Balloon pulmonary angioplasty (BPA) is an alternative therapy in patients with inoperable chronic thromboembolic pulmonary hypertension (CTEPH) or residual/recurrent pulmonary hypertension (PH) after surgery. The aim of this study was to assess the short‐term efficacy and safety of a BPA program. Methods: This prospective single‐center study included all BPA sessions performed in CTEPH patients between 2017 and 2019. Clinical assessment including WHO functional class, plasma biomarkers, 6‐min walk test (6MWT) and right heart catheterization was performed at baseline and six months after the last BPA session. Results: A total of 57 BPA sessions were performed in 11 CTEPH patients (64% with inoperable disease, 82% under pulmonary vasodilator therapy). Nine patients completed both the BPA program and a minimum six‐month follow‐up period. There were significant improvements in WHO functional class (p=0.004) and 6MWT (mean increase of 42 m; p=0.050) and a trend for significant hemodynamic improvement: 25% decrease in mean pulmonary artery pressure (mPAP) (p=0.082) and 42% decrease in pulmonary vascular resistance (PVR) (p=0.056). In the group of patients with severely impaired hemodynamics (three patients with mPAP >40 mmHg), the reduction was significant: 51% in mPAP (p=0.013) and 67% in PVR (p=0.050). Prostacyclin analogs and long‐term oxygen therapy were withdrawn in all patients. Minor complications were recorded in 25% of patients. There were no major complications or deaths. Conclusions: A BPA strategy on top of pulmonary vasodilator therapy further improves symptoms, exercise capacity and hemodynamics with an acceptable risk‐benefit ratio in patients with inoperable CTEPH or residual/recurrent PH after surgery.http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0870255121001943Balloon pulmonary angioplastyChronic thromboembolic pulmonary hypertensionPulmonary vascular hemodynamics