As diversas aproximações à terapêutica de grupo
Nesta revisão é salientado o desenvolvimento e a importância atual da psicoterapia de grupo. O autor, baseado em sua experiência em psicoterapia analítica de grupo, faz um estudo crítico dos principais métodos empregados, passando em revista as contribuições mais representativas dos métodos repressi...
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Academia Brasileira de Neurologia (ABNEURO)
1958-03-01
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Series: | Arquivos de Neuro-Psiquiatria |
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doaj-f38985a1c56743fa835ed3bba31ae2c42020-11-24T23:34:40ZengAcademia Brasileira de Neurologia (ABNEURO)Arquivos de Neuro-Psiquiatria1678-42271958-03-0116151810.1590/S0004-282X1958000100002S0004-282X1958000100002As diversas aproximações à terapêutica de grupoDavid Zimmermann0Hospital São PedroNesta revisão é salientado o desenvolvimento e a importância atual da psicoterapia de grupo. O autor, baseado em sua experiência em psicoterapia analítica de grupo, faz um estudo crítico dos principais métodos empregados, passando em revista as contribuições mais representativas dos métodos repressivo, didático, psicodramático e psicanalítico. Divide êste último em duas orientações fundamentais: uma em que as interpretações do psicoterapeuta visam os pacientes do grupo e a outra que focaliza primordialmente o grupo como um todo, como uma unidade dinâmica. A grande maioria dos autores menciona resultados terapêuticos favoráveis, pelo menos modificações ou desaparecimento de sintomas, mas não há ainda afirmações concludentes de modificações profundas e duradouras na personalidade dos pacientes. Quanto ao modo como atua o tratamento, nos métodos repressivo e didático, verifica-se facilmente como não são levados em conta os conflitos inconscientes, o que significa que não são tocadas as verdadeiras origens dos sintomas neuróticos. A ação terapêutica do método psicodramático, pelo menos nos têrmos em que se encontra atualmente conceituada, é difícil de ser apreciada devidamente, merecendo, entretanto, uma revisão à luz da experiência psicanalítica. No método psicanalítico, o instrumento técnico pelo qual se tenta obter as modificações desejadas, como na análise individual, são as interpretações transferenciais. Cita-se os inconvenientes da orientação em que as interpretações focalizam predominantemente os pacientes no grupo e conclui-se ser a orientação que visa o grupo como um todo a única que se apresenta adequada ao manejo técnico das situações clínicas e oferece mais possibilidades terapêuticas afetivas. Sugere-se ainda o motivo do terapeuta interpretar aos indivíduos do grupo: trata-se de uma defesa contra-transferencial contra as ansiedades despertadas pela ação envolvente do grupo.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X1958000100002&lng=en&tlng=en |
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Nesta revisão é salientado o desenvolvimento e a importância atual da psicoterapia de grupo. O autor, baseado em sua experiência em psicoterapia analítica de grupo, faz um estudo crítico dos principais métodos empregados, passando em revista as contribuições mais representativas dos métodos repressivo, didático, psicodramático e psicanalítico. Divide êste último em duas orientações fundamentais: uma em que as interpretações do psicoterapeuta visam os pacientes do grupo e a outra que focaliza primordialmente o grupo como um todo, como uma unidade dinâmica. A grande maioria dos autores menciona resultados terapêuticos favoráveis, pelo menos modificações ou desaparecimento de sintomas, mas não há ainda afirmações concludentes de modificações profundas e duradouras na personalidade dos pacientes. Quanto ao modo como atua o tratamento, nos métodos repressivo e didático, verifica-se facilmente como não são levados em conta os conflitos inconscientes, o que significa que não são tocadas as verdadeiras origens dos sintomas neuróticos. A ação terapêutica do método psicodramático, pelo menos nos têrmos em que se encontra atualmente conceituada, é difícil de ser apreciada devidamente, merecendo, entretanto, uma revisão à luz da experiência psicanalítica. No método psicanalítico, o instrumento técnico pelo qual se tenta obter as modificações desejadas, como na análise individual, são as interpretações transferenciais. Cita-se os inconvenientes da orientação em que as interpretações focalizam predominantemente os pacientes no grupo e conclui-se ser a orientação que visa o grupo como um todo a única que se apresenta adequada ao manejo técnico das situações clínicas e oferece mais possibilidades terapêuticas afetivas. Sugere-se ainda o motivo do terapeuta interpretar aos indivíduos do grupo: trata-se de uma defesa contra-transferencial contra as ansiedades despertadas pela ação envolvente do grupo. |
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