As diversas aproximações à terapêutica de grupo

Nesta revisão é salientado o desenvolvimento e a importância atual da psicoterapia de grupo. O autor, baseado em sua experiência em psicoterapia analítica de grupo, faz um estudo crítico dos principais métodos empregados, passando em revista as contribuições mais representativas dos métodos repressi...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: David Zimmermann
Format: Article
Language:English
Published: Academia Brasileira de Neurologia (ABNEURO) 1958-03-01
Series:Arquivos de Neuro-Psiquiatria
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X1958000100002&lng=en&tlng=en
Description
Summary:Nesta revisão é salientado o desenvolvimento e a importância atual da psicoterapia de grupo. O autor, baseado em sua experiência em psicoterapia analítica de grupo, faz um estudo crítico dos principais métodos empregados, passando em revista as contribuições mais representativas dos métodos repressivo, didático, psicodramático e psicanalítico. Divide êste último em duas orientações fundamentais: uma em que as interpretações do psicoterapeuta visam os pacientes do grupo e a outra que focaliza primordialmente o grupo como um todo, como uma unidade dinâmica. A grande maioria dos autores menciona resultados terapêuticos favoráveis, pelo menos modificações ou desaparecimento de sintomas, mas não há ainda afirmações concludentes de modificações profundas e duradouras na personalidade dos pacientes. Quanto ao modo como atua o tratamento, nos métodos repressivo e didático, verifica-se facilmente como não são levados em conta os conflitos inconscientes, o que significa que não são tocadas as verdadeiras origens dos sintomas neuróticos. A ação terapêutica do método psicodramático, pelo menos nos têrmos em que se encontra atualmente conceituada, é difícil de ser apreciada devidamente, merecendo, entretanto, uma revisão à luz da experiência psicanalítica. No método psicanalítico, o instrumento técnico pelo qual se tenta obter as modificações desejadas, como na análise individual, são as interpretações transferenciais. Cita-se os inconvenientes da orientação em que as interpretações focalizam predominantemente os pacientes no grupo e conclui-se ser a orientação que visa o grupo como um todo a única que se apresenta adequada ao manejo técnico das situações clínicas e oferece mais possibilidades terapêuticas afetivas. Sugere-se ainda o motivo do terapeuta interpretar aos indivíduos do grupo: trata-se de uma defesa contra-transferencial contra as ansiedades despertadas pela ação envolvente do grupo.
ISSN:1678-4227