Summary: | O texto que se segue acabou por assumir qualidade autónoma a partir de uma colectânea de anotações que acompanham e registam parte da pesquisa de um projeto expositivo a apresentar em 2021, sob a égide de algo azul, ainda em processo. Em pano de fundo, começa por ouvir-se Porto Côvo, de Rui Veloso, deixando a voz embalar a escrita, soltar a memória e abrir espaço para um clima onírico em que o real, entretanto, pode desvanecer-se. As palavras tomam lugar no espaço branco de postais ilustrados que fazem parte de álbuns, postais em cujo avesso se escondem, ou revelam, paisagens que cruzam o natural com sinais políticos, culturais e artísticos. A maior parte dessas paisagens não é aqui visível.
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