A CAMPANHA DA NACIONALIZAÇÃO NO COLÉGIO CONCÓRDIA E O ENSINO DE MATEMÁTICA

A Campanha da Nacionalização foi um movimento organizado pelo governo ditatorial de Getúlio Vargas que teve início no ano de 1938 até o final da Segunda Guerra Mundial. Esta Campanha teve como alvo os moradores estrangeiros do Brasil e seus filhos, principalmente os imigrantes e descendentes d...

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Bibliographic Details
Main Authors: Graciela Texeira Agache, Andréia Dalcin
Format: Article
Language:Portuguese
Published: SBHMat 2019-10-01
Series:Revista de História da Educação Matemática
Online Access:http://www.histemat.com.br/index.php/HISTEMAT/article/view/269
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spelling doaj-f330a94e1e314eb2b483ead96ba091de2021-03-23T00:45:09ZporSBHMatRevista de História da Educação Matemática2447-64472019-10-0152A CAMPANHA DA NACIONALIZAÇÃO NO COLÉGIO CONCÓRDIA E O ENSINO DE MATEMÁTICAGraciela Texeira Agache0Andréia Dalcin1Escola de Ensino Fundamental Érico Veríssimo, RSUniversidade Federal do Rio Grande do Sul A Campanha da Nacionalização foi um movimento organizado pelo governo ditatorial de Getúlio Vargas que teve início no ano de 1938 até o final da Segunda Guerra Mundial. Esta Campanha teve como alvo os moradores estrangeiros do Brasil e seus filhos, principalmente os imigrantes e descendentes de alemães. A principal medida que afetaria a vida destas pessoas seria a proibição de ler, escrever ou falar em outro idioma que não fosse o português. Por este motivo, muitas instituições que tinham sido organizadas pelas comunidades teuto-brasileiras, inclusive escolas comunitárias, clubes e igrejas, não tiveram outra opção senão a de adaptar-se as novas normas, ou simplesmente fechar as portas. Neste artigo analisamos como o Colégio Concórdia, de confissão luterana, adaptou-se a esse contexto. Buscamos por indícios sobre mudanças no ensino de matemática e nas práticas relacionadas a este ensino. Constatamos que os livros de matemática utilizados no ambiente escolar, como todo o material relacionado a vida escolar dos alunos foi traduzido integralmente para o português, no entanto, algumas práticas como a memorização da tabuada e a preocupação com a as quatro operações, no contexto de exercícios aplicados ao comércio, permaneceram até o final dos anos 1940. http://www.histemat.com.br/index.php/HISTEMAT/article/view/269
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