Subjetivação e cura no Neopentecostalismo
Este artigo busca analisar algumas relações estabelecidas entre as transformações socioculturais ocorridas na contemporaneidade e a demanda de cura nas igrejas neopentecostais. A demanda de cura é apresentada como um dispositivo ou campo de força agenciador de processos ou modos de subjetivação. Os...
Main Authors: | , , |
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Conselho Federal de Psicologia
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Series: | Psicologia: Ciência e Profissão |
Subjects: | |
Online Access: | http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932008000300012&lng=en&tlng=en |
Summary: | Este artigo busca analisar algumas relações estabelecidas entre as transformações socioculturais ocorridas na contemporaneidade e a demanda de cura nas igrejas neopentecostais. A demanda de cura é apresentada como um dispositivo ou campo de força agenciador de processos ou modos de subjetivação. Os modos de subjetivação nas igrejas neopentecostais evidenciam a constituição do sujeito a partir de uma relação de causalidade direta entre os campos de flexão ou curvatura da fé e da ética. Se a demanda de cura é potencializada pela experiência da fé, por outro lado, os imperativos éticos moldam e limitam as condições para o processo de subjetivação do fiel. Não sendo possível a sustentação das promessas de cura veiculadas pelas igrejas neopentecostais dada a condição estrutural do desamparo humano, busca-se uma articulação possível entre a permanência da demanda de cura e a condição masoquista. O que se desvela nessa relação é o princípio da promessa sem cumprimento, ou seja, exatamente porque não se cumpre é que se sustenta uma posição subjetiva de sempre demandar. |
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ISSN: | 1414-9893 1982-3703 |