Summary: | O objetivo do artigo é discutir os marcos teóricos que sustentam a ação político-institucional da conservação da biodiversidade no Brasil. São discutidos os paradigmas de ilhas de biodiversidade circundadas por paisagens alteradas pela ação humana predatória; o paradigma bioregional, que prevê a criação e manutenção de redes de áreas protegidas integradas ao contexto regional e as mudanças de foco em direção às dinâmicas sociais no interior e no entorno das áreas consideradas prioritárias para conservação. A hipótese central prevê que o resultado da ação humana nas áreas protegidas se deve muito mais aos conflitos sociais em torno dessas áreas do que à agregação de populações tradicionais em torno do manejo sustentável dos recursos naturais. Serão analisados alguns resultados das pesquisas Floresta e mar: usos e conflitos no Vale do Ribeira, SP (Fapesp no. 99/14514-1) e Mudanças sociais e conflitos em áreas protegias na Amazônia e Mata Atlântica (Fapesp no. 01/07992-1).<br>This article aims to discuss the theoretical frames that supports biodiversity conservation policy in Brazil: the paradigm of biodiversity isles surrounded by areas altered by predatory human action and the paradigm of regional biodiversity, which foresees the creation and maintenance of a network of protected areas integrated to their regional context and different perspectives of social dynamics within and in the surrounds of the areas taken as priorities for conservation. The main hypothesis is that the outcome of human activity in protected areas is mostly due to the social conflicts about these areas than to the aggregation of traditional populations into the process of natural resources sustainable management. The article will also analyze some results of previous research projects: Forest and sea: utilization and conflicts in the Ribeira Valley, SP (Fapesp n. 99/14514-1) and Social conflicts and changes in the Amazon and Atlantic Forest protected areas (Fapesp n. 01/07992-1).
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