Summary: | Este ensaio defende que a corporalidade interpretada pela artista da performance Nina Arsenault demonstra como o gênero pode ser constituído ao mesmo tempo por duas teorias mutuamente exclusivas. Especificamente, Arsenault encarna de maneira im/possível o gênero como performativo e como um sentido psíquico fundamental do eu. Sua expressão de uma identidade feminina no palco é incompatível com teorias de performatividade de gênero porque encarna um ato voluntário: a performance no teatro. Arsenault também opõe teorias que afirmam ser o gênero um sentido psíquico fundamental do eu ao expressar seu sentido de eu na prática artística/vida cotidiana. Arsenault destaca que a materialidade teatral encarnada por ela, e que também fundamenta ainda mais sua feminilidade, é constituída performativamente de modo im/possível. Em suma, Arsenault encarna o gênero por meio da performance e da performatividade.
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