Luiz Edmundo e a boemia do Rio de Janeiro do seu tempo

O objetivo do presente artigo é chamar a atenção para a polissemia que a noção de boemia apresenta no conjunto de crônicas de Luiz Edmundo reunidas no livro O Rio de Janeiro do meu tempo.  Polissemia essa que está diretamente relacionada à forma como aquele cronista, como um meta-leitor do espaço ur...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Sérgio Hamilton da Silva Barra
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade do Estado do Rio de Janeiro 2015-07-01
Series:Revista Maracanan
Online Access:https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/maracanan/article/view/17408
Description
Summary:O objetivo do presente artigo é chamar a atenção para a polissemia que a noção de boemia apresenta no conjunto de crônicas de Luiz Edmundo reunidas no livro O Rio de Janeiro do meu tempo.  Polissemia essa que está diretamente relacionada à forma como aquele cronista, como um meta-leitor do espaço urbano, lê a história do Rio de Janeiro e do Brasil da virada do século XIX para o XX; assim como sofre grande influência do contexto em que ele escreve: os primeiros anos do Estado Novo.  Na sua narrativa, é possível identificar duas diferentes noções de boemia, que estariam relacionadas a duas diferentes temporalidades separadas pelas reformas de modernização do prefeito Francisco Pereira Passos (1902-1906).  Chamando a atenção para a função da crônica como construtora de memória, entende-se a Belle Époque carioca como uma construção discursiva em que os hábitos boêmios dos habitantes da Capital Federal se apresentam como um importante elemento.
ISSN:1807-989X
2359-0092