Maquiavel e tucídides: o(s) olhar(es) da história e as figurações de historiador
O olhar da história tucidideana volta a plenificação de sua valia para o futuro, quer imediato quer longínquo, por que os homens desta temporalidade a reconheçam no presente de suas ações. Retirado em Sant'Andrea di Percussina, Maquiavel volta o olhar da história para o passado. Pelo circuito d...
Main Author: | |
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Format: | Article |
Language: | Portuguese |
Published: |
Universidade de São Paulo
2010-06-01
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Series: | Revista de História |
Online Access: | http://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/19136 |
Summary: | O olhar da história tucidideana volta a plenificação de sua valia para o futuro, quer imediato quer longínquo, por que os homens desta temporalidade a reconheçam no presente de suas ações. Retirado em Sant'Andrea di Percussina, Maquiavel volta o olhar da história para o passado. Pelo circuito dos livros de seu escritório frequenta a Corte dos antigos. Refletindo sobre esse diálogo com os antigos, Maquiavel pondera o alcance do olhar que a história presente volta para o passado, a fim de que se mobilize recíproca interpelação de conhecimentos modernos e antigos sobre os modos por que nela agem os homens. Desde os inícios com Heródoto e Tucídides, o dilema da historiografia é posto: relatos verídicos contra mentirosos, neutralidade e isenção contra parcialidade e comprometimento. Por que as histórias são contadas a um público a que elas estão destinadas, como conformar modos narrativos para obter o reconhecimento da imparcialidade do historiador e veracidade de sua história:? Quais virtudes se exigem dele consoante as recomendações de preceitos e deveres narrativos que consagrem a autoridade de sua persona historiográfica? Por quais figurações retóricas de caracterização dessa persona de historiador Maquiavel e Tucídides enfrentaram o dilema assim disposto a responder pela utilidade a que esse saber almeja? |
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ISSN: | 0034-8309 2316-9141 |