Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais - DSM-5, estatísticas e ciências humanas: inflexões sobre normalizações e normatizações
http://dx.doi.org/10.5007/1807-1384.2014v11n2p96 A edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais - DSM-5, em 2013, mantém acesa a polêmica sobre diagnósticos psiquiátricos. O campo da psiquiatria, historicamente em disputa com a psicologia e a psicanálise (quanto à forma de aval...
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Universidade Federal de Santa Catarina
2014-12-01
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doaj-f006b8659e3d4369890972c3c13ddec82020-11-24T21:56:53ZengUniversidade Federal de Santa CatarinaINTERthesis1807-13842014-12-011129611710.5007/1807-1384.2014v11n2p9622731Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais - DSM-5, estatísticas e ciências humanas: inflexões sobre normalizações e normatizaçõesTito Sena0Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis, SChttp://dx.doi.org/10.5007/1807-1384.2014v11n2p96 A edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais - DSM-5, em 2013, mantém acesa a polêmica sobre diagnósticos psiquiátricos. O campo da psiquiatria, historicamente em disputa com a psicologia e a psicanálise (quanto à forma de avaliação e terapêutica), continua a sustentar uma prática enquadradora classificatória (taxionômica), fundamentada em características e critérios diagnósticos de perturbações ou transtornos verificados, em sua maioria, empiricamente. O uso das ferramentas estatísticas nas ciências humanas é questionável, e o que se pretende neste artigo é apontar o disfarce de critérios quantitativos em critérios qualitativos e, por extensão, da prática discursiva comum de confundir descrições com apreciações, estas últimas com julgamentos valorativos e normativos. Fecha-se um círculo: as frequências (estatísticas) definem as normalidades (axiológicas) e estas se sustentam nas freqüências. Neste âmbito, as elaborações de Canguilhem, Ewald, Foucault e Goffman foram imprescindíveis para a articulação das argumentações teóricas críticas.https://periodicos.ufsc.br/index.php/interthesis/article/view/34753DSM-5EstatísticaCiências HumanasNormalizaçãoNormatização |
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A edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais - DSM-5, em 2013, mantém acesa a polêmica sobre diagnósticos psiquiátricos. O campo da psiquiatria, historicamente em disputa com a psicologia e a psicanálise (quanto à forma de avaliação e terapêutica), continua a sustentar uma prática enquadradora classificatória (taxionômica), fundamentada em características e critérios diagnósticos de perturbações ou transtornos verificados, em sua maioria, empiricamente. O uso das ferramentas estatísticas nas ciências humanas é questionável, e o que se pretende neste artigo é apontar o disfarce de critérios quantitativos em critérios qualitativos e, por extensão, da prática discursiva comum de confundir descrições com apreciações, estas últimas com julgamentos valorativos e normativos. Fecha-se um círculo: as frequências (estatísticas) definem as normalidades (axiológicas) e estas se sustentam nas freqüências. Neste âmbito, as elaborações de Canguilhem, Ewald, Foucault e Goffman foram imprescindíveis para a articulação das argumentações teóricas críticas. |
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