Podem as imagens estáticas contar histórias? Sintoma e temporalidade nas teorias da narrativa no fotojornalismo
A temporalidade é um dos conceitos centrais na definição da narrativa. Nesse sentido, o fotojornalismo sempre representou um problema para os estudos narratológicos, uma vez que as teorias tradicionais da imagem entendem a fotografia como uma figura que imobiliza o tempo, desprovida de duração. O ob...
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Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo
2015-09-01
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Series: | Brazilian Journalism Research |
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doaj-ef38dbcd07eb4d3395108b0563fe6c102020-11-24T20:54:57ZengAssociação Brasileira de Pesquisadores em JornalismoBrazilian Journalism Research1808-40791981-98542015-09-01111284310.25200/BJR.v11n1.2015.703533Podem as imagens estáticas contar histórias? Sintoma e temporalidade nas teorias da narrativa no fotojornalismoEliza Bachega Casadei0Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (FAAC-UNESP).A temporalidade é um dos conceitos centrais na definição da narrativa. Nesse sentido, o fotojornalismo sempre representou um problema para os estudos narratológicos, uma vez que as teorias tradicionais da imagem entendem a fotografia como uma figura que imobiliza o tempo, desprovida de duração. O objetivo do presente artigo é discutir se a prática fotojornalística é capaz de engendrar narrativas ou se se trata de uma atividade meramente ligada à descrição. Posto que as teorias tradicionais, ligadas ao domínio do visível, expulsam a temporalidade da narrativa fotojornalística, é necessário devolver o tempo à imagem a partir de um outro registro: o visual. Nosso argumento é o de que é justamente no entrecruzamento do visível com o visual que a narrativa e a temporalidade do fotojornalismo se urdem, em uma concepção de imagem que não leva em consideração apenas os elementos semióticos do fotojornalismo, mas também os seus aspectos sintomáticos.https://bjr.sbpjor.org.br/bjr/article/view/703Narrativa, Temporalidade, Sintoma, Visível, Visual. |
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A temporalidade é um dos conceitos centrais na definição da narrativa. Nesse sentido, o fotojornalismo sempre representou um problema para os estudos narratológicos, uma vez que as teorias tradicionais da imagem entendem a fotografia como uma figura que imobiliza o tempo, desprovida de duração. O objetivo do presente artigo é discutir se a prática fotojornalística é capaz de engendrar narrativas ou se se trata de uma atividade meramente ligada à descrição. Posto que as teorias tradicionais, ligadas ao domínio do visível, expulsam a temporalidade da narrativa fotojornalística, é necessário devolver o tempo à imagem a partir de um outro registro: o visual. Nosso argumento é o de que é justamente no entrecruzamento do visível com o visual que a narrativa e a temporalidade do fotojornalismo se urdem, em uma concepção de imagem que não leva em consideração apenas os elementos semióticos do fotojornalismo, mas também os seus aspectos sintomáticos. |
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