O esquema genealógico e o mal-estar na história
Este ensaio questiona a tendência “genealógica” hoje estabelecida nos discursos sobre arte brasileira, no campo do “sistema de autores”, cujas raízes datam de meados dos anos 1970, e propõe a retomada da análise e da reflexão históricas. Discute a transição da abstração geométrica no pós-1964, ecli...
Main Author: | |
---|---|
Format: | Article |
Language: | Portuguese |
Published: |
Universidade de São Paulo (USP)
2010-06-01
|
Series: | Literatura e Sociedade |
Subjects: | |
Online Access: | http://www.revistas.usp.br/ls/article/view/64091 |
Summary: | Este ensaio questiona a tendência “genealógica” hoje estabelecida nos discursos sobre arte brasileira, no campo do “sistema de autores”, cujas raízes datam de meados dos anos 1970, e propõe a retomada da análise e da reflexão históricas. Discute a transição da abstração geométrica no pós-1964, eclipsada pela entronização do neoconcretismo como pedra angular da arte brasileira contemporânea, nas leituras “genealógicas”. Na contramão das últimas e apoiado em argumentos de Oiticica e Pedrosa, a tese do ensaio é a de que a formação do sistema visual brasileiro, configurado em torno da abstração geométrica, nos anos 1950, consolida-se na superação dialética da abstração geométrica pelas proposições críticas e experimentais que a sucedem. A crônica da resistência da arte brasileira, da ditadura militar ao neoliberalismo, segue o fio da análise da forma objetiva (A. Candido) de obras de Oiticica e Antonio Dias, esta última até o ano 2000.
|
---|---|
ISSN: | 1413-2982 2237-1184 |