Summary: | A educação formal oferecida pelas escolas públicas estaduais paulistas, em seus níveis fundamental II e médio, sofre com inúmeros problemas para se realizar plenamente. Acreditamos que o principal deles seja a incidência da perversa lógica industrial e de mercado sobre o comportamento dos alunos quando estão fora daquela instituição pública. Tendo seu início no período a que se convencionou denominar ? ?modernidade ? ?, a lógica da máxima eficiência em conseguir o maior ganho no menor espaço de tempo possível atingiu a totalidade das relações sociais no mundo contemporâneo e se utilizou da técnica e da ciência para lograr esse objetivo. A configuração econômica erigida pelas relações de produção capitalistas produziu um ambiente onde a técnica, transformada em instrumento, objetos e padrão na forma de agir, molda o comportamento dos seres humanos viventes de modo a facilitar atividades cotidianas: reduzindo etapas, diminuindo a necessidade de um pensamento complexo e elaborado para realizá-las e instaurando um automatismo. Além disso, a aceleração do ritmo de produção das fábricas ultrapassou seus muros e atingiu a vida dos seres humanos fora dela criando um clima social e cultural de alta velocidade. Nosso objetivo é demonstrar que este é um cenário propício para tornar a educação formal desinteressante, pois desnecessária, já que o comportamento irrefletido e, portanto, apenas de submissão e adaptação, é o exigido socialmente da maioria dos seres humanos – em especial, os jovens. A conclusão a que chegamos é a de que o clima cultural produzido pela formação social é totalmente avesso ao necessário para a educação formal.The formal education provided by the Sao Paulo state public schools in their levels II and basic medium, suffers from many problems to complete. We believe that the main of them are coming from industrial and perverse logic of the market that dominates the contemporary world. Since its beginning in the period to which may be called "modernity", this logic, the maximum efficiency in achieving the greatest gains in the shortest time possible, reached all the social relations in the contemporary world and is used in technology and science to achieve this goal. The configuration erected by the economic relations of capitalist production, in order to achieve its movement of reproduction, built an environment where the technique, transformed into a tool, object technology and form of action, shapes the behavior of human beings living in order to facilitate daily activities: reducing steps, creating patterns to perform them and reducing the need for complex thinking and prepared. Moreover, the acceleration of the pace of production from factories exceeded its walls and reached the lives of humans outside creating a climate of social and cultural high speed. Our goal is to demonstrate that this is a scenario which to make formal education uninteresting, as unnecessary, since the behavior is reckless required that the majority of human beings - especially the young. The conclusion we reached is that, for formal education, thought, reflection - and the slow pace to chisel both - is fundamental, but the actual human being has great potential to become totally averse to them.
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