Summary: | Há uma literatura emergente na Ciência da Informação que trata dos mecanismos e processos de alfabetização em informação (information literacy), ou ALFIN, sigla que é divulgada pela UNESCO e que foi já foi adotada pela comunidade científica que estuda o assunto. Nesse artigo, apresenta-se uma metodologia amparada no modelo de comunicação extensiva (Simeão, 2005) para trazer novos horizontes para ALFIN numa pesquisa aplicada ao contexto da comunicação da informação em saúde no Brasil. O trabalho avalia a mediação dos Agentes Comunitários de Saúde em sua atuação no Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro e o desenvolvimento de oficinas de capacitação para informação, pesquisa e comunicação. Ao testar a aplicabilidade da proposta em um espaço de atuação profissional mais aberto, onde se fazem presentes relações de comunicação informais, com um foco centrado nos conteúdos da saúde coletiva, o grupo de pesquisa observa agora a atuação do Agente Comunitário de Saúde (ACS), profissional de base e principal mediador no Programa Saúde da Família (PSF) do SUS. A hipótese se fundamenta na seguinte proposição: uma vez capacitados por especialistas das áreas de informação e comunicação, os ACS poderão atuar como mediadores com uma visão mais ampla em termos comunicacionais. O estudo pretende, também, identificar as fontes de informação utilizadas pelos ACS e as perspectivas de ampliação dessas fontes, depois da capacitação com as oficinas de ALFIN. No processo de transferência de informação, eles terão possibilidades de atuação mais diversificada. Em contrapartida, os conteúdos produzidos nas oficinas também serão objeto de estudo e de ampliação teórica, prática e metodológica do conceito de comunicação extensiva.
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