Summary: | A clínica contemporânea nos confronta com sujeitos sujeitados a imposições maciças do gozo. As fixações pulsionais comparecem, muitas vezes, livres do ocultamento fantasmático no inconsciente. Prevalece um tipo de laço com o Outro que remonta às modalidades mais arcaicas de relação do eu com o objeto. Diante deste cenário, interrogamos qual seria o estatuto do fantasma hoje. Nosso fio condutor será a hipótese de um rebaixamento da eficácia simbólica da autoridade paterna em conter o egoísmo pulsional que se manifesta na radicalização dos apelos ao gozo ilimitado. A gramática fantasmática é um anteparo simbólico-imaginário que permite interpretar a posição libidinal de cada um diante do real do desejo do Outro. O desmentido da função do pai como agente da castração, engendra um sujeito voraz, cuja debilidade do eu resulta em alterações psicóticas do caráter.
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