DO MATRIZ DAS PROMESSAS AO ESMAECER DA REALIDADE: UM OLHAR SOBRE A RELAÇÃO CAPITAL X TRABALHO X NATUREZA EM CARVOARIAS

O metabolismo da sociedade do capital se dá através da exploração do trabalho alheio na transformação da natureza para criação de mercadorias, portanto, arquitetada em uma estrutura eminentemente desigual, destruidora e concentradora ambiental e socialmente. Nessa perspectiva, a partir da realidade...

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Bibliographic Details
Main Author: João Ferreira Gomes Neto
Format: Article
Language:Spanish
Published: Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho 2012-04-01
Series:Revista Pegada Eletrônica
Online Access:http://revista.fct.unesp.br/index.php/pegada/article/view/1307
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1676-3025
publishDate 2012-04-01
description O metabolismo da sociedade do capital se dá através da exploração do trabalho alheio na transformação da natureza para criação de mercadorias, portanto, arquitetada em uma estrutura eminentemente desigual, destruidora e concentradora ambiental e socialmente. Nessa perspectiva, a partir da realidade do município de Cândido Sales – BA, a proposta do presente estudo é a análise do processo de produção/reprodução do capital da cadeia do ferro e do aço alicerçada na superexploração do trabalho e na devastação da natureza, tendo a silvicultura do eucalipto enquanto a ―nova‖ versão dessa lógica. As informações para consecução do estudo foram reunidas por meio das seguintes frentes de coleta de dados: análise documental, realizada nas leis que estabeleceram o fomento florestal no município; trabalho de campo, por meio de visitas a carvoarias de mata nativa e plantações com eucalipto e; entrevistas com proprietários rurais. Concluiu-se que a exploração sobre a natureza e o trabalho da classe-que-vive-do-trabalho é a relação que sempre orientou em Cândido Sales a produção do carvão vegetal para abastecimento do setor siderúrgico do Sudeste do Brasil e, a implantação dos projetos silvilculturais de eucalipto no município por meio da ação do Estado, Universidade, empresas siderúrgicas e bancos sob os argumentos do reflorestamento e do desenvolvimento sustentável é o sofisma utilizado para perpetuar as mesmas relações que até o momento permitiram a produção/reprodução do capital siderúrgico através das carvoarias de mata nativa.
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