PELOS CAMINHOS DE UMA (IN)CONSCIENTE VIDA: CIDADE DESVIRGINADA!
Antes preciso avisar: estou tentando escrever, j entrei na noite faz tempo, mas estou sonolento, pareo embriagado, me deixe acordado... Estou vendo coisas... imaginando. Estou confuso e com muito sono... sono, sonho, com bastante sono... so...no... so...no... Uma bela paisagem constitua o cenr...
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Format: | Article |
Language: | Portuguese |
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Universidade Estadual do Oeste do Paraná
2011-11-01
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Series: | Travessias |
Online Access: | http://e-revista.unioeste.br/index.php/travessias/article/view/4256 |
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doaj-eb89e239649a47c0834ebb56ae2fa94d2020-11-25T03:16:55ZporUniversidade Estadual do Oeste do ParanáTravessias1982-59352011-11-01524582PELOS CAMINHOS DE UMA (IN)CONSCIENTE VIDA: CIDADE DESVIRGINADA!Vilarin Barbosa BarrosAntes preciso avisar: estou tentando escrever, j entrei na noite faz tempo, mas estou sonolento, pareo embriagado, me deixe acordado... Estou vendo coisas... imaginando. Estou confuso e com muito sono... sono, sonho, com bastante sono... so...no... so...no... Uma bela paisagem constitua o cenrio imaginado: imaginado ?! Diria que sim! Pois sem imaginao, sem fetiche, acredito que no tenderia a enxergar essa cidade desvirginada. Era uma tardinha a beira mar, ou seria: tardei, mas, fiquei a beira a amar? Num sei bem, mas era mais ou menos isso... Claro! Isso pode ser mais bem pintado, pinado, pensado... estou tentando enxergar! Vejo que o meu corao se acelerava a cada momento, e batia, batia, batia... a cada passo, a cada minuto, a cada instante. Seu ritmo se acelerava; talvez envolvido pelos ares dessa cidade frentica ou, quem sabe, seja mesmo por est enamorado pelos caminhos dessa vida (in)consciente da qual ele tem trilhado... Ando e vejo coisas, olhe... pense num lindo por do sol, sol irradiante, magnfico! Um sol imponente, destemido talvez, mas acredite, ele estava a nos observar. Apesar de ser cheio de curiosidades, bastou um primeiro beijo, um brinde a sua beleza, uma reverncia a vida que logo ele se escondeu (parecia sentir o clima!), se ps, saiu de cena... percebeu que ia rolar. Sua vermelhido flagrava sua timidez, que dizia-nos que era melhor se retirar, pois, sua bela natureza pura respirava ares novos, ares de pura safadeza, onde, para mais de dois no havia lugar! Logo logo ele se retirou, a noite de mancinho chegou e a lua solicitada, se viu obrigada ali estar. Antes mesmo da lua se impor ainda flagrei o sol que se escondeu atrs de uma nuvem, acredite!... Ele ainda estava a nos espiar. A lua chegando j vivenciava um novo clima, diria: bem mais quente!... Por isso talvez, que ela chegou bem de vagarinho, de forma fria e sutil, tentando impor aos poucos novos ares e, bem discreta, mas, tambm a nos observar! Ela: extasiada safada, pensava naquele ambiente, e nesse, em ns dois a enamorar. Chegou tmida, verdade, mas depois se mostrou, e se amostrou com sua beleza, assumindo que estava a nos olhar... Uma verdadeira voyeur, talentosa em seu ofcio, nos percorria em detalhes, sentia cheiros, sabores, adormecia toda, parecia em seu clmax: desmaiar! E ns?! Sentindo aquele cenrio, desnudo em alguns momentos... Ficvamos a nos saborear. Saudados por muita gente, isso aparentemente, pois a cidade toda nos olhava, mas, ningum nos via, o anonimato ali parecia reinar. Mos que percorriam corpos extasiados e sentiam o molhado de um gozo cada vez mais excitante, intermitente, conduzido por movimentos, movimentos instigantes, nos levando a delrios, nos molhando... Eram as ondas do mar! Mentes mais insanas que no se compreendiam, perturbadas por desejos, ficavam a escutar: vozes, gozos, sussurrosssssss... Eram os ventos sedutores daquele lindo lugar! Enfim, a noite fincou os ps e as luzes da cidade pareciam olhos bem atentos, esses sequer batiam pestanas, ligados numa cena picante, envolvente, de dois futuros amantes a se deliciar. O tempo passou, a noite acabou, e ento, nos vestimos de pudores, doutros sabores, e deixamos aquele cenrio para compor outros; fiquei todo marcado por aquele corpo e suas idias... Pedaos de um bom caminho... CIDADE DESVIRGINADA!... Cidade desvirginada?... Que coisa! Que sonho louco esse?... Eu sabia que eu no ia resistir, eu sabia que tinha cochilado!http://e-revista.unioeste.br/index.php/travessias/article/view/4256 |
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2011-11-01 |
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Antes preciso avisar: estou tentando escrever, j entrei na noite faz tempo, mas estou sonolento, pareo embriagado, me deixe acordado...
Estou vendo coisas... imaginando. Estou confuso e com muito sono... sono, sonho, com bastante sono... so...no... so...no...
Uma bela paisagem constitua o cenrio imaginado: imaginado ?!
Diria que sim! Pois sem imaginao, sem fetiche, acredito que no tenderia a enxergar essa cidade desvirginada.
Era uma tardinha a beira mar, ou seria: tardei, mas, fiquei a beira a amar?
Num sei bem, mas era mais ou menos isso...
Claro! Isso pode ser mais bem pintado, pinado, pensado... estou tentando enxergar!
Vejo que o meu corao se acelerava a cada momento, e batia, batia, batia... a cada passo, a cada minuto, a cada instante. Seu ritmo se acelerava; talvez envolvido pelos ares dessa cidade frentica ou, quem sabe, seja mesmo por est enamorado pelos caminhos dessa vida (in)consciente da qual ele tem trilhado...
Ando e vejo coisas, olhe... pense num lindo por do sol, sol irradiante, magnfico!
Um sol imponente, destemido talvez, mas acredite, ele estava a nos observar. Apesar de ser cheio de curiosidades, bastou um primeiro beijo, um brinde a sua beleza, uma reverncia a vida que logo ele se escondeu (parecia sentir o clima!), se ps, saiu de cena... percebeu que ia rolar.
Sua vermelhido flagrava sua timidez, que dizia-nos que era melhor se retirar, pois, sua bela natureza pura respirava ares novos, ares de pura safadeza, onde, para mais de dois no havia lugar!
Logo logo ele se retirou, a noite de mancinho chegou e a lua solicitada, se viu obrigada ali estar.
Antes mesmo da lua se impor ainda flagrei o sol que se escondeu atrs de uma nuvem, acredite!... Ele ainda estava a nos espiar.
A lua chegando j vivenciava um novo clima, diria: bem mais quente!... Por isso talvez, que ela chegou bem de vagarinho, de forma fria e sutil, tentando impor aos poucos novos ares e, bem discreta, mas, tambm a nos observar!
Ela: extasiada safada, pensava naquele ambiente, e nesse, em ns dois a enamorar.
Chegou tmida, verdade, mas depois se mostrou, e se amostrou com sua beleza, assumindo que estava a nos olhar...
Uma verdadeira voyeur, talentosa em seu ofcio, nos percorria em detalhes, sentia cheiros, sabores, adormecia toda, parecia em seu clmax: desmaiar!
E ns?! Sentindo aquele cenrio, desnudo em alguns momentos... Ficvamos a nos saborear.
Saudados por muita gente, isso aparentemente, pois a cidade toda nos olhava, mas, ningum nos via, o anonimato ali parecia reinar.
Mos que percorriam corpos extasiados e sentiam o molhado de um gozo cada vez mais excitante, intermitente, conduzido por movimentos, movimentos instigantes, nos levando a delrios, nos molhando... Eram as ondas do mar!
Mentes mais insanas que no se compreendiam, perturbadas por desejos, ficavam a escutar: vozes, gozos, sussurrosssssss... Eram os ventos sedutores daquele lindo lugar!
Enfim, a noite fincou os ps e as luzes da cidade pareciam olhos bem atentos, esses sequer batiam pestanas, ligados numa cena picante, envolvente, de dois futuros amantes a se deliciar.
O tempo passou, a noite acabou, e ento, nos vestimos de pudores, doutros sabores, e deixamos aquele cenrio para compor outros; fiquei todo marcado por aquele corpo e suas idias... Pedaos de um bom caminho... CIDADE DESVIRGINADA!...
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