L’impossible « dernier mot ». La maquette du journal : un outil partagé

<ul><li>La maquette du journal occupe une place particulière dans le continuum de fabrication de l’information. Elle est située à l’interface de la matérialité du journal entre la salle de rédaction et le secteur du prépresse. Les discours et les prérogatives dont elle est capable de se...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Joël Langonné
Format: Article
Language:English
Published: Université Libre de Bruxelles 2014-04-01
Series:Sur le Journalisme
Subjects:
Online Access:http://surlejournalisme.com/rev/index.php/slj/article/view/127
Description
Summary:<ul><li>La maquette du journal occupe une place particulière dans le continuum de fabrication de l’information. Elle est située à l’interface de la matérialité du journal entre la salle de rédaction et le secteur du prépresse. Les discours et les prérogatives dont elle est capable de se charger font qu’elle porte en elle un potentiel stratégique organisationnel important. La maquette du journal demeure pourtant un acteur méconnu de la sociologie des médias. Cette étude, qui se situe au carrefour de la sociologie interactionniste et de la théorie de l’acteur-réseau, propose de donner toute sa place à la maquette et à ceux qui la construisent et l’utilisent au quotidien dans le journal. Nous montrons que c’est entre deux acteurs particuliers et leurs manières différenciées d’être à ce qu’ils font que la maquette est susceptible de révéler tout son potentiel : les journalistes secrétaires de rédaction (SR) et les ouvriers typographes. Nous tentons tout d’abord de saisir pourquoi ces trois acteurs (maquette, SR et typographes) sont demeurés invisibles au sein du journal. Il s’agit donc de repenser leur place et leur rôle, de les révéler au prisme d’une grille d’observation renouvelée, agrandie. Nous sommes ensuite en mesure d’observer la manière dont ces trois acteurs peuvent interagir, peuvent s’attacher au sein du processus de fabrication de l’information. Pour cela, nous développons trois exemples issus d’un travail de terrain au sein d’un titre de presse quotidienne régionale (PQR). Il s’agit en fait de comprendre les manières dont les journalistes SR et les ouvriers typographes sont plus ou moins parvenus — selon les époques retenues, et de manière non linéaire — à se saisir de l’objet maquette, pour faire ce qui est à faire — le journal — au plus près de la manière dont ils souhaitent le faire.</li></ul><p> </p><ul><li>The newspaper layout has a special place in the continuum of news production. It is located at the interface between conception and materiality - between newsroom and pre-press area. The discourses and prerogatives for which in can be responsible confer it an important strategic organizational potential. And yet, the newspaper layout remains a little-understood element in the sociology of media. This study, which finds itself at the intersection of interactionist sociology and actor-network theory, is dedicated to the layout and those who construct it and use it daily in the newspaper. We show that it is through their differentiated roles that two agents in particular make it possible for the layout to realize its full potential: editorial secretaries (SR) and typographers. We try first to understand why these three actors (the layout, SR and typographers) have remained invisible within the newspaper. It is therefore a question of rethinking their place and role – of renewing and widening the observation matrix. We can then observe how these three actors interact at the core of the news-production process. To do this, we develop three examples from fieldwork carried out in a regional daily newspaper. In fact, it is an attempt to understand the ways in which copy-editing journalists and typographers were more or less able (depending on the eras selected; and in a non-linear way) to seize control of the layout and create what was necessary – the newspaper – as closely as possible to their vision of how it should be done.</li></ul><p> </p><ul><li>A diagramação do jornal ocupa um lugar particular no continuum da produção da informação. Ela está situada na interface da materialidade do jornal, entre a redação e o setor de pré-impressão. Os discursos e as prerrogativas sob a responsabilidade da diagramação garantem a ela um importante potencial estratégico e organizacional. Contudo, a diagramação do jornal continua sendo um ator desconhecido do ponto de vista da sociologia da mídia. Este estudo, que se situa na interseção entre a sociologia interacionista e a teoria do ator-rede, dedica-se ao estudo da diagramação e dos atores que trabalham na construção e na utilização dessa prática no cotidiano do jornal. Destacamos dois atores em particular: os copidesques (em francês: secrétaires de rédaction, SR) e os gráficos. Eles possuem maneiras distintas de ser, o que permite à diagramação revelar todo o seu potencial. Num primeiro momento, buscamos entender em que sentido os três atores (diagramação, copidesques e gráficos) permanecem invisíveis no interior do jornal. Trata-se, portanto, de repensar o seu lugar e o seu papel, de revelá-los ao prisma de uma grelha de observação renovada e ampliada. Em seguida, observamos a forma como esses três atores podem interagir, podem se agrupar em torno do processo de produção da informação. Para isso, desenvolvemos três exemplos oriundos de uma pesquisa de campo realizada no interior de um veículo da impressa regional na França. Trata-se de compreender o modo como os copidesques e os gráficos se utilizam – em momentos específicos e de uma forma não linear – do projeto gráfico para darem conta de suas obrigações – a produção do jornal –, mas buscando aproximar esse processo da forma como eles acreditam que isso deve ser feito.</li></ul>
ISSN:2295-0710
2295-0729