Summary: | Sensibilidade e delicadeza, qualidades cada vez mais raras na produção da arquitetura contemporânea e no trato das estruturas urbanas e tectônicas passadas remanescentes no tecido construído da cidade do século XXI. Arquitetura reduzida (promovida?) a cenários burlescos onde se caricatura espetáculos mediáticos formais gerados a partir do supérfluo, do imagético e do grandioso que desvirtuam e distorcem as necessidades e qualidades essenciais da vida humana. Hoje a produção da arquitetura responde cada vez menos às necessidades programáticas, tecnológicas e funcionais, ao genius loci, à aura, espiritualidade e atmosfera do lugar. Neste artigo percorre-se três obras de Peter Zumthor que remetem às arquiteturas cuja deferência com a paisagem natural e construída e com fragmentos de épocas passadas as legitimaram a tornar-se parte indivisível do lugar onde passaram a existir.
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